31/08/23 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde

Mesa-redonda aborda os desafios da ciência para a sustentabilidade e a segurança alimentar

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Foto: Maria Eugênia Ribeiro

Maria Eugênia Ribeiro -

Segurança e soberania alimentar, sustentabilidade e o papel da ciência na busca desses ideais foram os temas abordados na mesa-redonda Ciências básicas para o desenvolvimento sustentável, realizada no último dia 29 pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ), com a presença de professores e estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O evento teve a participação dos professores Annelise Fernandez e André Felippe Nunes-Freitas, ambos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, com a mediação da pesquisadora e chefe de Transferência de Tecnologia da Unidade, Ana Cristina Garofolo.

A volta do Brasil ao mapa da fome foi um dos aspectos que os três profissionais abordaram como resultado do aumento da insegurança alimentar nos últimos anos no País. E, como um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) é justamente Fome zero e desenvolvimento sustentável, as ligações entre sustentabilidade, segurança alimentar e as formas como a pesquisa pode contribuir foram abordadas pelos especialistas sob diferentes ângulos. “Nosso impacto sobre o planeta é tão intenso e profundo que entramos hoje em uma nova era, que é o antropoceno. Estamos ultrapassando todos os limites planetários e precisamos repensar nossas práticas”, afirmou André, lembrando que a ciência é um dos aliados para a sociedade tentar reverter esse quadro.

Para Annelise, o aprofundamento do debate sobre a soberania alimentar é urgente. Ela lembrou a máxima de que comer também é um ato político, falou sobre reaproveitamento e desperdício de alimentos, e mostrou também um pouco da dimensionalidade e da interdisciplinaridade da segurança e da saúde alimentar, retomando conceitos de Karl Marx e Émile Durkheim, entre outros pensadores. “Pensar a soberania alimentar precisa passar também por aspectos culturais e repensar as nossas escolhas. De alguma forma, o debate não envolve apenas a razão, mas também afeto”, destacou. “Não tem como não ser político em tudo o que a gente faz”, opinou.

“A ciência, seja básica ou aplicada, precisa gerar conhecimento para conseguirmos reverter o quadro e alcançarmos os objetivos e metas da Agenda 2030 da ONU”, acrescentou André. “E precisamos trazer as pessoas para esse debate, focando conhecimentos tradicionais, consciência ambiental e sustentabilidade”, disse.

Costurando os pontos de apresentação dos dois palestrantes, Ana Garofolo resgatou o conceito de desenvolvimento sustentável e as discussões que culminaram na Agenda 2030 da ONU, como um grande conjunto de ideias e propostas que reúnem quase 200 países como signatários, ratificando e formando um grande compromisso mundial em desenvolvimento sustentável. Ela falou também um pouco sobre os 17 ODS da Agenda 2030 e destacou que a Embrapa está comprometida com todos eles, sendo que das 169 metas dos ODS, 131 são contempladas de diferentes maneiras em ações de pesquisa da Empresa.

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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