08/09/23 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Bioeconomia na Amazônia marca presença da Embrapa no Green Rio

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Foto: Kadijah Suleiman

Kadijah Suleiman - Palestra sobre Embrapa e Bioeconomia na Amazônia

Palestra sobre Embrapa e Bioeconomia na Amazônia

A Embrapa esteve presente na programação da edição de 2023 do Green Rio, realizada de 31 de agosto a 2 de setembro na Marina da Glória (Rio de Janeiro), inclusive com uma palestra em homenagem aos 50 anos da Empresa completados no dia 26 de abril deste ano. Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, explica que a articulação para que os 50 anos da Embrapa fossem celebrados durante o Green Rio foi realizada pelas chefias dos três centros de pesquisa do Rio de Janeiro junto à organizadora do evento, Maria Beatriz Bley.

“O Green Rio aborda muito a questão da sustentabilidade e da Bioeconomia, então pensamos nas discussões da Cúpula da Amazônia e chegamos à conclusão de que o nome a ser convidado para dar uma palestra no espaço dedicado à Embrapa seria o do nosso colega Walkymário Lemos, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental e representante da Empresa na Cúpula”, acrescenta.

Com histórico de estudo e desenvolvimento de soluções para o bioma, a Embrapa participou ativamente das discussões, apresentações e proposições que envolveram o trabalho científico na região durante os Diálogos Amazônicos, no dia 5 de agosto, com representantes dos nove centros de pesquisa da Embrapa localizados na Amazônia Legal. O evento antecedeu a Cúpula da Amazônia, que reuniu, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, chefes de Estado dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

“Walkymário abordou de maneira magnífica, em sua palestra, como a Embrapa vem trabalhando a Bioeconomia e as suas estratégias na Amazônia. Está muito clara a importância da floresta em pé e da inclusão sócio-produtiva para mudar a vida dos produtores ribeirinhos, que normalmente estão numa situação de vulnerabilidade social. É uma oportunidade para que muitos produtos, assim como o açaí, tenham uma cadeia de sucesso. A Bioeconomia precisa de investimentos para que esses produtos possam realmente chegar à sociedade, por que se não chegarem, não é inovação social”, analisa Maria de Lourdes.

A Embrapa atua na região amazônica há décadas com foco em novos modelos de desenvolvimento, que contemplem a redução do desmatamento e da degradação ambiental, a sustentabilidade da produção agropecuária e florestal e a melhoria do bem-estar das populações amazônicas. Para conhecer mais a atuação da Embrapa na Amazônia, acesse https://www.embrapa.br/tema-amazonia

“A participação de Walkymário foi marcante. Contemplou as ações em parceria entre as unidades da Amazônia Legal e as outras unidades descentralizadas da Embrapa. Ele falou sobre muitas ações e resultados de pesquisas da Embrapa que encantaram e despertaram interesse dos participantes do evento”, destaca a chefe-geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Edna Oliveira.

Walkymário Lemos, apresentou o posicionamento da instituição sobre o tema, o histórico de atuação da pesquisa na região e como as tecnologias geradas buscam conciliar a conservação ambiental e a redução da pobreza. Com nove centros de pesquisa na Amazônia Legal, quase 300 pesquisadores e 220 soluções tecnológicas voltadas a 50 cadeias produtivas da região, a Embrapa, segundo o dirigente, tem muito a contribuir com conhecimentos sobre a biodiversidade e o impacto das mudanças climáticas na região, assim como na oferta de sistemas sustentáveis eficientes. “Sistemas intensivos em tecnologia, e que não venham a competir com a nossa grande riqueza que é a floresta. Temos consciência do nosso papel ambiental, produtivo e social”, acrescentou.

O chefe-geral pontuou a agenda estratégica da Empresa que foca na transição alimentar, energética, climática e digital para a promoção da inclusão socioprodutiva. “As soluções devem considerar a pluralidade de modelos de uso e conservação dos heterogêneos grupos sociais e seus territórios. Para isso, a interação com os diferentes atores da sociedade e o trabalho em rede são fundamentais”, afirmou.

Ele destacou que o Green Rio foi uma oportunidade de interagir com atuais e futuros parceiros de dentro e de fora da Amazônia e do Brasil, e também de reposicionar estrategicamente as Unidades da Embrapa, na Amazônia, na discussão em torno do potencial bioeconômico da região. “Temos um histórico de atuação na região capaz de apoiar o desenvolvimento sustentável com tecnologias que possam conciliar a inclusão produtiva e redução de desigualdades socioeconômicas com a conservação ambiental”, finalizou.

Mônica Rosa, diretora comercial da empresa Salada Amazônia (em Abaetetuba, Pará), que participou da Green Rio apresentando os palmitos em conserva que a empresa comercializa, disse ser muito grata à Embrapa porque a Empresa padronizou o manejo do açaí. “Então possibilitou o comércio do palmito a partir desse manejo, pois o palmito é subproduto da fruta e a partir do manejo do açaí podemos ter palmitos mais saborosos, com maior frequência e mais grossos porque, antes, tínhamos o calibre do palmito muito fino, então isso possibilitou um comércio muito melhor e um valor agregado muito maior ao nosso produto”, afirmou. 

Segundo ela, a empresa possui certificação de produto orgânico para venda tanto para o Brasil quanto para a comunidade europeia e os Estados Unidos, além de registro FDA para exportação aos Estados Unidos. “Isso tudo é o Brasil levando valor agregado para o exterior. É a Amazônia trazendo produtos de grande valor agregado como é o palmito em conserva. A Embrapa possibilitou o caminho da bioeconomia que não tem mais volta e, assim, de pequenas em pequenas atitudes que fazemos um grande caminho para o Brasil de bioeconomia, uma economia sustentável, uma economia verde e tudo isso graças ao apoio da Embrapa”, agradeceu.

Bioeconomia está na estratégia da Embrapa

Cristhiane Amâncio, chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, representando a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, iniciou a participação da Embrapa no Green Rio 2023, no dia 31 de agosto, com um recado rápido e objetivo. “A Bioeconomia faz parte da estratégia da Embrapa ao pensar no desenvolvimento de ciência e tecnologia para a agricultura”, afirmou Amâncio. Ela reforçou que, não só para a agricultura mas, também, para o extrativismo e para a pesca, a Embrapa tem a preocupação de desenvolver soluções baseadas na natureza, com o objetivo de otimizar o uso dos recursos naturais. “Buscamos o aprimoramento científico e tecnológico visando uma maior interação com o componente natural”, disse.

Em sua fala, Cristhiane Amâncio afirmou, ainda, que é preciso entender a bioeconomia como um conceito que vai além da substituição de compostos sintéticos por biológicos. Segundo ela, a participação da Embrapa no Green Rio deve ser vista como um momento estratégico, já que em 2024 acontecerá no Rio de Janeiro a Cúpula de Líderes do G20. Ela ressaltou que a Embrapa tem o que mostrar em termos de tecnologias para uma agricultura mais sustentável e lembrou que o Rio de Janeiro tem três Unidades da Empresa. 

Reuniões e palestras

Ainda na programação do Green Rio, no dia 1º de setembro, foi realizada uma reunião entre pesquisadores e analistas da Embrapa e do Julius-Kühn Institute, da Alemanha, com o objetivo de definir linhas de atuação conjuntas e, a partir daí, elaborar projetos para submissão em editais internacionais. O evento foi aberto por Claudia Müller, vice-ministra do BMEL, equivalente alemão do Ministério da Agricultura e Pecuária,  seguindo-se apresentação do JKI e moderação do evento, realizadas pelo presidente do JKI, professor Frank Ordon. 

O pesquisador Humberto Bizzo, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, fez uma apresentação institucional sobre a Embrapa. Participaram, ainda, chefes-gerais e pesquisadores da Embrapa Solos, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “Ao final, o presidente do JKI declarou estar satisfeito com a reunião e as perspectivas de projetos em conjunto unindo as duas instituições. A Embrapa possui um acordo de cooperação técnica assinado com o JKI”, acrescentou Bizzo.

Também da Embrapa Agroindústria de Alimentos, a pesquisadora Ilana Felberg apresentou, no estande Centro Brasileiro de Apoio Nutricional (CBAN), alguns resultados de pesquisas da Embrapa como a cultivar de soja edamame, o projeto Biofort e avisou sobre o lançamento de um livro de receitas sem glúten, produzido em parceria com o CBAN, que será lançado em breve. Já a pesquisadora Flavia Gomes, ministrou a palestra “Você absorve tudo o que você come?” no evento RevolutionNutri: Desvendando os Segredos da Fitoterapia e Suplementação na Nutrição Moderna, organizado pelo CBAN; e o pesquisador Otniel Freitas falou sobre Indicação Geográfica de café durante uma reunião organizada pela Superintendência Federal de Agricultura do Rio de Janeiro. 

Kadijah Suleiman (MTb 22.729/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

Contatos para a imprensa

Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
Embrapa Solos

Contatos para a imprensa

Ana Lucia Ferreira (MTb 16913/RJ)
Embrapa Agrobiologia

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Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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