14/09/23 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde

Embrapa inaugura piscicultura em reserva Xerente

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Foto: Humberto Tessari

Humberto Tessari - Indígenas ajudaram a construir os tanques de piscicultura

Indígenas ajudaram a construir os tanques de piscicultura

‘É um sonho se tornando realidade’ – afirma indígena beneficiado com o projeto

 

A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas/TO) vai promover amanhã (15), às 9h30, uma cerimônia de inauguração da primeira parte do Sistema de Produção Integrada de Alimentos na reserva indígena Xerente localizada na Aldeia Cachoeirinha, em Tocantínia (TO). Inicialmente, começará a funcionar a piscicultura e, em novembro, haverá o plantio de banana e açaí para comercialização e outras culturas para subsistência daquela comunidade. O trabalho foi financiado por meio de emenda parlamentar do senador Eduardo Gomes (PL).

“Essa demanda chegou para a gente em 2021 quando, por meio do IBAMA, indígenas que trabalham como brigadistas nos procuraram para implantar uma piscicultura no local”, relata a zootecnista Marcela Mataveli, da Embrapa Pesca e Aquicultura, responsável pelo projeto.

Ela conta que, nos últimos anos, houve a redução da disponibilidade de carne de caça e o nível dos rios diminuiu, prejudicando a pesca. “Eles precisavam ter uma fonte de renda e de alimentação. Foi quando pensamos em implantar uma adaptação do Sisteminha da Embrapa e montar um modelo integrado de produção de alimentos mais robusto, o qual apelidamos de Sistemão”, recorda Marcela.

 

Tanques produzirão 1.200 quilos de peixe

Assim, foram escavados dois tanques de 150 metros cúbicos, onde será produzido inicialmente  tambaqui e, posteriormente, caranha. A água dos tanques, contendo os resíduos dos peixes e altamente fertilizada, será utilizada para a irrigação do plantio de banana, açaí e outras culturas para a alimentação dos indígenas. Os tanques têm capacidade de produção de 1.200 quilos de peixe a cada seis meses. Com esse modelo integrado, será possível gerar renda e alimento para a comunidade local.

“Nós temos uma brigada federal brigadista e uma associação dos brigadistas. A gente tem o sonho de tornar a nossa base operacional, onde ficam os brigadistas, numa base autossustentável, com energia solar e produção de alimentos. Queremos comprar o mínimo da cidade e tirar o máximo da nossa terra”, explica o indígena Pedro Paulo Xerente, presidente da associação dos brigadistas de combate a incêndios.

Xerente conta que, nos últimos anos, os indígenas deixaram de comprar praticamente tudo na cidade e passaram a cultivar no local culturas como mandioca, feijão, banana, entre outras. A partir de novembro, novos plantios serão realizados e irrigados com a água da piscicultura. “É um sonho que está se tornando realidade, de termos uma base brigadista totalmente autossustentável, onde poderemos consumir e comercializar o excedente de alimentos”, conclui.

Elisângela Santos (19.500 -RJ)
Embrapa Pesca e Aquicultura

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