A Embrapa Territorial recebeu, nos dias 29 de agosto e 25 de setembro, a visita de alunos de jornalismo inscritos no Prêmio Abag/RP de Jornalismo “José Hamilton Ribeiro”. Os estudantes assistiram a palestras que explicaram o conceito da Inteligência Territorial Estratégica (ITE) e mostraram a aplicação dessa metodologia na pesquisa agropecuária. Entre os cases apresentados, foram detalhados o estudo de uso e ocupação das terras no Brasil, o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Logística Agropecuária Brasileira (SITE-MLog) e a quantificação do carbono estocado na fitomassa de cultivos agrícolas. A abertura foi realizada pelo chefe-adjunto José Gilberto Jardine. As palestras foram ministradas pelos analistas Rafael Mingoti e Carlos Alberto de Carvalho e o pesquisador Lauro Nogueira Jr. O prêmio é uma promoção da Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (Abag/RP). Por meio de dois ciclos de palestras, os estudantes visitam algumas das principais instituições ligadas ao agronegócio e à pesquisa agropecuária situadas no estado e podem conhecer o lado do agronegócio que ainda não é tão abordado pela grande imprensa. É o que explica Valéria Ribeiro, coordenadora da iniciativa. “A nossa ideia com o prêmio é abrir as portas do agro para os futuros jornalistas. Vir aqui na Embrapa Territorial e ver os dados do uso e ocupação das terras no Brasil, [por exemplo,] é algo muito diferente do que eles já ouviram até hoje. Por que essa informação não chega até eles. Eles são futuros jornalistas, e quando eles se depararem com um assunto como esse, eles terão argumentos e saberão a quem ligar para confirmar dados ou para pedir mais informações”, disse. Encontrar os dados estratégicos num dilúvio de bases foi o tema destacado pelo estudante Mateus Colombi, do segundo semestre da FAM. “São diversas informações, e nichos. [Para dar sentido a tudo isso] é importante ter profissionais que saibam o que estão fazendo, de onde extrair as informações importantes”, disse. O estudante Isaac Rufino, do 6º semestre da FMU, destacou o estudo que revelou a distribuição das terras no Brasil a partir da gestão de dados de órgãos públicos. Com esse estudo, foi possível mostrar, pela primeira vez em números, o papel do agronegócio para a conservação ambiental. “Conseguimos perceber que o que é feito é baseado em ciência. E a ciência só é refutada com ciência”, afirmou. Sua colega de curso, a estudante Maria Luisa, também ressaltou como a ciência afasta os achismos para dar respostas precisas, baseado nas análises dos dados. Após os ciclos de palestras, os estudantes devem escolher uma mídia para a qual vão submeter suas matérias (portal, escrita, vídeo).