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Paulo Augusto da Eira recebe o Prêmio Johanna Döbereiner 2023

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Foto: Alexandre Esteves

Alexandre Esteves -

O engenheiro agrônomo Paulo Augusto da Eira, pesquisador aposentado da Embrapa, é o vencedor do Prêmio Johanna Döbereiner 2023, concedido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro (Crea-RJ). A distinção tem o objetivo de expressar o reconhecimento a personalidades ou instituições que tenham se destacado por suas posições, ações, trabalhos, estudos e projetos na área da Agronomia.

Em sua longa trajetória profissional, que teve início nos anos 1960, Eira participou de importantes grupos de pesquisa nas áreas de fertilidade, microbiologia e manejo e conservação de solos, tendo publicado dezenas de trabalhos científicos em revistas nacionais e internacionais. Ocupou cargos de gestão e liderança em instituições renomadas, como a Embrapa e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro (Pesagro/RJ), colaborando com a formação de muitos cientistas.

A solenidade para entrega do prêmio será realizada nesta terça-feira (17/10), às 15h, em formato presencial na Sede do Crea-RJ – Rua Buenos Aires, 40, 4º andar, Centro do Rio de Janeiro. A transmissão ocorrerá pelo canal do Crea-RJ no YouTube – acesse aqui.

“O que permeia tudo é o amor que temos pela profissão que executamos e pela nossa família. Hoje eu e minha família vivemos a alegria de estar recebendo este prêmio. Estou muito feliz pelos resultados alcançados, tive uma vida feliz”, declarou Eira.

Trajetória

Paulo Augusto da Eira formou-se engenheiro agrônomo em 1966 pela Escola Nacional de Agronomia (ENA), já incorporada à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ainda na graduação, foi bolsista de iniciação científica do CNPq para desenvolver trabalho de campo e laboratório no setor de solos do Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Centro-Sul (IPEACS/RJ), chefiado pela pesquisadora Johanna Döbereiner. Após a formatura, foi admitido como engenheiro agrônomo pelo IPEACS/RJ.

Aprovado em concurso público nacional, ingressou algum tempo depois como engenheiro agrônomo no Ministério da Agricultura, trabalhando no setor de solos e microbiologia e compondo a equipe liderada por Johanna Döbereiner.

Nos anos 1970 foi gestor da UEPAE/Embrapa de Itaguaí (RJ) e diretor técnico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro (Pesagro/RJ), onde apoiou a formação e desenvolvimento das equipes científicas nas estações experimentais da empresa estadual.   

Após a passagem pela Pesagro, Eira passou a integrar a equipe de pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica (RJ), e posteriormente da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro (RJ), onde ocupou o cargo de chefe de Administração. Nesse período, participou das equipes que elaboraram o primeiro Manual de Adubação para o Estado do Rio de Janeiro (1988); o Manual de Calagem e Adubação do Estado do RJ (2013) e o Manual de Métodos de Análises Químicas para Avaliação da Fertilidade do Solo (1998).

Participou, ainda, da comissão que formulou o projeto da Fazendinha Agroecológica Km 47, implantada em 1993, em Seropédica, para integrar pesquisa agropecuária, extensão rural e produtores.

Sobre Johanna Döbereiner

Nascida na Tchecoslováquia, a pesquisadora Johanna Döbereiner (1924-2000) veio para o Brasil em 1951, após se formar em Agronomia pela Universidade de Munique, na Alemanha. Tornou-se cidadã brasileira em 1956 e completou sua pós-graduação na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1963. De 1963 a 1969, quando poucos cientistas acreditavam que a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) poderia competir com fertilizantes minerais, ela deu início a pesquisas sobre os aspectos limitantes da FBN em plantas tropicais. Desde então, a maioria das pesquisas nessa área é influenciada por suas descobertas. A FBN possibilita a substituição de adubos químicos nitrogenados, oferecendo, assim, vantagens econômicas, sociais e ambientais para o produtor, para o consumidor e para o meio ambiente. Em 1997, Johanna Döbereiner foi indicada para o Prêmio Nobel de Química, além de ter recebido diversos outros prêmios e distinções, tanto em nível nacional como internacional. Atuou por muitos anos na Embrapa Agrobiologia e orientou dezenas de bolsistas, deixando um legado inestimável para a ciência.

Fernando Gregio (MTb 42.280/SP)
Embrapa Solos

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