“Bioeconomia e Agricultura” é o tema do VII EnPI
“Bioeconomia e Agricultura” é o tema do VII EnPI
“Queremos aprofundar como a bioeconomia pode crescer de forma sustentável, ancorada na agricultura, de forma a combater as mudanças climáticas e melhorar nossa segurança alimentar e energética. Também será uma oportunidade para fortalecer o papel de instituições tanto do Distrito Federal como de âmbito nacional, além de promover parcerias estratégicas entre setores fundamentais para um desenvolvimento sustentável”, disse o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia Bruno Laviola. “Estamos organizando um evento bastante abrangente, que busca catalisar a inovação e a sustentabilidade em bioeconomia e agricultura”, completou.
Programação do evento
A abertura do VII EnPI será às 10h30, com a presença da presidente da Embrapa Silvia Massruhá; do chefe-geral da Embrapa Agroenergia Alexandre Alonso; do chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade Bruno Laviola; do coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e presidente da Academia Brasileira de Ciência Agronômica Roberto Rodrigues; do presidente da Frente Parlamentar Mista pela Inovação na Bioeconomia deputado federal Evair de Melo; do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura deputado federal Pedro Lupion; da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) Renata Bueno Miranda; do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (SEV-MDIC) Rodrigo Rollemberg; e do presidente-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) Thiago Falda.
Na sequência, haverá a Palestra Magna de Abertura com o pesquisador da Embrapa Agroenergia Maurício Antônio Lopes, presidente da Embrapa no período de 2012 a 2018. A palestra abordará o tema “Explorando futuros possíveis e escolhas informadas para a bioeconomia no Brasil”.
“Esta palestra não somente tem o propósito de inspirar, mas também de informar a respeito das escolhas cruciais que o Brasil precisa efetuar à medida que molda seu futuro na bioeconomia. É um chamado à ação, instando-nos a adotar estratégias sólidas, embasadas em sistemas de inteligência, pesquisa e inovação. Estas estratégias devem estar em sintonia com a agenda global de sustentabilidade e com o propósito de construir uma economia de baixo carbono que conduza a um futuro próspero para as gerações vindouras”, disse Lopes, que é graduado em Agronomia, com mestrado e doutorado em genética nos EUA, pós-doutorados na Itália e na Áustria e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Purdue, nos EUA.
No período da tarde começará a apresentação dos painéis. O Painel 1, com o título “Análise de mercado: demanda, oferta e competitividade dos bioprodutos na economia sustentável”, será debatido das 13h30 às 15h. Este painel, alinhado com os princípios da bioeconomia e as prioridades da agricultura sustentável, oferecerá uma ampla análise sobre o mercado de bioprodutos. O painel se concentrará em examinar a dinâmica da demanda e oferta desses produtos, bem como a competitividade que eles apresentam na economia sustentável.
Após o intervalo, haverá o Painel 2, com o tema “Perspectivas e tendências: bioeconomia e descarbonização”, das 15h30 às 17h. Reunindo especialistas em bioeconomia e sustentabilidade, o painel irá discutir as perspectivas futuras e as tendências emergentes nesse campo. As discussões centrarão na bioeconomia como uma ferramenta-chave para a descarbonização, essencial para promover a competitividade industrial e combater as mudanças climáticas.
No segundo dia serão apresentados mais três painéis. No período da manhã, das 10h30 às 12h, será debatido o Painel 3, com o tema “Políticas públicas com foco em descarbonização e sustentabilidade”. Este painel analisará as iniciativas governamentais destinadas a impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono. Serão exploradas as políticas que visam a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono, bem como os desafios e oportunidades associados a essas estratégias.
Abrindo a sessão vespertina, será destacado o Painel 4 “Tecnologias da Embrapa”, das 13h30 às 15h, que discutirá inovações desenvolvidas pela Embrapa que contribuem para alinhar o setor agrícola com a nova economia de base biológica e baixo impacto. Durante esta sessão, serão apresentadas e discutidas tecnologias, pesquisas e avanços recentes da Embrapa e parceiros, demonstrando como essas iniciativas ajudam a moldar o futuro da agricultura em sintonia com a bioeconomia no Brasil.
Encerrando os debates do dia, haverá a discussão do Painel 5 “Transição energética e potencial de descarbonização dos biocombustíveis”, das 15h30 às 17h. Neste painel, especialistas em energia e sustentabilidade explorarão o papel dos biocombustíveis na transição energética, bem como o seu potencial de descarbonização, levando em conta a posição de liderança que o país tem no tema.
Nos dois primeiros dias, das 8h30 às 10h, haverá a sessão de pôsteres, aberta para visitação geral.
No terceiro e último dia do VII EnPI, os debates começarão às 10h, com o Painel 6 “Bioeconomia no Cerrado”, que vai destacar que o Brasil é líder no desenvolvimento de uma agricultura tropical robusta, e o cerrado desempenha um papel crucial como cenário para a expansão da produção agropecuária e agroindustrial nos moldes previstos pela bioeconomia.
À tarde, será apresentado o Painel 7 “Bioinsumos e biomateriais: Inovação na transição para uma economia de baixo carbono”, das 13h30 às 14h30. Neste painel, especialistas e empreendedores compartilharão insights sobre o papel das parcerias público-privadas na geração de inovações em bioinsumos e biomateriais. Serão abordados temas como a pesquisa de ponta e o desenvolvimento de tecnologias avançadas que viabilizam a adoção de práticas inovadoras e a transição para uma economia de baixo carbono.
Finalizando, a discussão será sobre o Painel 8 “Medição e gestão da sustentabilidade”, das 14h30 às 15h30. Este painel abordará a necessidade premente de se dar materialidade à sustentabilidade, permitindo que ela seja medida e gerenciada efetivamente. Especialistas discutirão o desafio de se desenvolver métricas e procedimentos inovadores que sejam adaptados às condições tropicais e que sejam representativos da nossa realidade.
Na sequência, haverá o encerramento do evento, das 16h às 17h.
Número de trabalhos inscritos é recordeSegundo a organizadora do VII EnPI, a analista da Embrapa Agroenergia Raquel Bombarda Campanha, foram inscritos 65 trabalhos no Encontro, sendo 16 na categoria graduandos, 28 na categoria graduados, 9 na categoria doutores e 12 na categoria profissionais. Serão premiados os primeiro, segundo e terceiro colocados nas categorias graduandos, graduados e doutores. “O número de trabalhos inscritos superou, e muito, a nossa expectativa. Foi o maior número em sete edições do evento”, disse Raquel Campanha. |
História do EnPIO Encontro de Pesquisa e Inovação foi instituído pela Chefia de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia no ano de 2014, com a principal motivação de trazer a público os trabalhos científicos desenvolvidos na Unidade pelos estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Os trabalhos apresentados no evento são avaliados por profissionais da Embrapa e pesquisadores de outras instituições (UCB, UnB), especialistas em diferentes áreas. Aqueles mais bem pontuados em cada edição são premiados. O EnPI vem sendo ampliado a cada edição e hoje permite, também, a apresentação de trabalhos de instituições parceiras. Desde 2015, passou a contar com o Simpósio “Agroenergia em Foco”, que tem como meta estabelecer um fórum de discussões sobre temas relevantes nas áreas de Agroenergia e de Química e Tecnologia de Biomassas. O evento ainda tem o objetivo de, além de trazer informações à sociedade, também enriquecer as discussões científicas, gerando impacto direto no desenvolvimento de novas tecnologias, políticas e práticas que beneficiem a sociedade como um todo. “O EnPI é um evento tanto científico quanto de inovação. No âmbito científico, proporciona oportunidade de divulgação das pesquisas realizadas nas áreas de atuação da Embrapa Agroenergia, atraindo pesquisadores e estudantes de todo país. E, na esfera da inovação, atua provocando discussões, promovendo a formação e fortalecimento de parcerias, divulgando produtos e oportunidades de negócios, entre outras possibilidades de interesse de empresas públicas e privadas, políticos, pesquisadores e profissionais”, concluiu Raquel Campanha. |
Inscrições estão abertas
O VII EnPI será aberto ao público em geral. A inscrição é gratuita e o público poderá se inscrever como ouvinte até o dia 23 de outubro, pelo site www.embrapa.br/agroenergia/enpi-2023. As vagas são limitadas. O evento tem o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
Confira os palestrantes do VII EnPI:
Palestra Magna Explorando futuros possíveis e escolhas informadas para a bioeconomia no Brasil | |
Mauricio Lopes | Pesquisador da Embrapa Agroenergia, presidente da Embrapa no período de 2012 a 2018
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Painel 1 Análise de Mercado: demanda, oferta e competitividade dos bioprodutos na economia sustentável | |
Mario Cardoso | Gerente de Recursos Naturais da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) |
Bruno Lucchi | Diretor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) |
Edsmar Carvalho Resende | Sócio fundador da 10b (gestora de fundos de investimentos) |
Painel 2 Perspectivas e Tendências: bioeconomia e descarbonização | |
Daniel Barcelos Vargas | Coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) |
Guilherme Soria Bastos Filho | Coordenador de o Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV - AGRO) |
Gonçalo Amarante Pereira | Professor Titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Gerd Angelkorte | Pesquisador do Laboratório de Cenergia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ) |
Painel 3 Políticas públicas com foco em descarbonização e sustentabilidade | |
Marlon Arraes Jardim Leal | Diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME) |
Rafael Silva Menezes | Coordenador-Geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) |
Marcelo Contreiras de Almeida Dourado | Diretor do Departamento de Descarbonização e Finanças Verdes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) |
Cid Caldas | Coordenador-Geral de Cana-de-açúcar e Agroenergia da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária |
Painel 4 Tecnologias da Embrapa | |
Bruno Galveas Laviola | Chefe-Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia |
Myriam Maia Nobre | Analista de transferência de tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo |
Cauê Ribeiro de Oliveira | Pesquisador da Embrapa Instrumentação |
Ricardo Luís Radis Steinmetz | Pesquisador da Embrapa Suínos e Aves |
Painel 5 Transição energética e potencial de descarbonização dos biocombustíveis | |
Evandro Gussi | Presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (ÚNICA) |
Donizete Tokarski | Diretor Superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) |
Alessandro Gardemann | Presidente da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) |
Amanda Duarte Gondim | Coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis (RBQAV) |
Painel 6 Bioeconomia no Cerrado | |
Fabio Gelape Faleiro | Chefe-Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados |
Abílio Rodrigues Pacheco | Pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão |
Guilherme Nolasco | Presidente União Nacional do Etanol de Milho (Unem) |
Itânia Soares | Pesquisadora da Embrapa Agroenergia |
Painel 7 Bioinsumos e Biomateriais: Inovação na transição para uma economia de baixo carbono | |
Paulo Luiz Coutinho | Gerente do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos |
Brener Marra | Carbom Brasil |
Eduardo Leão | CropLife |
Yuri Maggi | AMR Biotec |
João Pedro Cury | Santa Clara |
Painel 8 Medição e gestão da sustentabilidade | |
Edu Bastos | CEO da MyCarbon |
Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues | CEO TAXO |
Eduardo Delgado Assad | Professor do Mestrado em Agronegócios da FGV |
Armando Caldeira | Professor Titular da Universidade de Brasília (UnB) |
Márcia Cristina de Faria (MTb 24.056/SP)
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Colaboração: Maurício Lopes
Embrapa Agroenergia
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