10/07/23 |

Indígenas do Amazonas iniciam implantação do Sisteminha

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O pesquisador Luiz Carlos Guilherme, esteve a pedido da Embrapa Amazônia Ocidental, na aldeia Tururukari-uca, na zona rural de Manacapuru-AM, para realizar minicurso sobre o Sisteminha Embrapa-UFU-Fapemig. Após a capacitação, foi realizada visita a comunidades locais – incluindo uma indígena - com interesse em adotar a tecnologia. O pesquisador desenvolveu a tecnologia há mais de 20 anos. “É uma satisfação levar o Sisteminha para quem mais precisa de alimentos saudáveis e produzidos pela comunidade com sustentabilidade social, econômica e ambiental”. 

“A partir dessa formação, a comunidade decidiu construir um Sisteminha voltado para a criação de peixes e hortaliças. O curso também serviu para a comunidade produzir diagnóstico diferenciado do potencial de recursos naturais existentes na comunidade e que pode contribuir para potencializar a produção. A vontade da comunidade construir o Sisteminha é antiga e uma demanda constante dos indignas para Embrapa. Com a vinda do pesquisador Luiz Carlos Guilherme, iniciamos o processo na comunidade”, disse o pesquisador Lindomar Silva, da Embrapa Amazônia Ocidental. 

A comunidade prevê que até dezembro o Sisteminha esteja totalmente pronto. Espera-se que os alimentos produzidos abasteçam as escolas da comunidade e o excedente seja comercializado.

A iniciativa conta com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam). 

Como funciona o Sisteminha - A tecnologia social é apropriada para produzir alimentos em pequenos espaços, em áreas urbanas e rurais, para atender às necessidades nutricionais de uma família de quatro a cinco pessoas, de acordo com as recomendações nutricionais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em um quintal de tamanho entre 100 e 1,5 mil metros quadrados, o Sisteminha expressa toda sua versatilidade, sendo possível a produção de peixes, ovos e carne de galinhas e codornas, suínos, porquinhos-da-índia, grãos, legumes, frutas, hortaliças, húmus de minhoca e composto orgânico, entre outros. Além de garantir a alimentação básica às famílias, possibilita também a geração de renda, pela comercialização do excedente da produção. 

Toda a implantação do projeto é voltada para a redução de custos e seguindo modelo agrícola sustentável. “É uma metodologia simples, de fácil construção, que não interfere culturalmente nas famílias e consegue retirar as pessoas da situação de pobreza e miséria, gerando segurança e soberania alimentar em menos de sete meses. E, o principal, ensina as famílias a conquistarem sua independência alimentar e nutricional, melhorando sua autoestima e capacidade de resolver problemas relacionados à execução das atividades”, explica o criador do Sisteminha, o zootecnista Luiz Carlos Guilherme, pesquisador da Embrapa.

Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais

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