03/11/23 |

Comitiva australiana vem conhecer a produção de cevada no Brasil

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Foto: Luiz Magnante

Luiz Magnante - Encontro para aproximar futuras parcerias

Encontro para aproximar futuras parcerias

Um grupo representando o governo australiano e empresas de melhoramento genético esteve na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, no dia 31/10, para trocar informações sobre a produção de cevada. O encontro, viabilizado pelo consórcio Grains Australia, abre caminho para o intercâmbio de germoplasma entre Brasil e Austrália.

Nos últimos anos, a Austrália esteve na posição de 2º maior produtor mundial de cevada, com aproximadamente 14 milhões de toneladas/ano. Grande parte da produção é destinada ao mercado internacional, em que a Austrália tem sido o maior exportador mundial de cevada. Mesmo com a queda de 26% na produção nesta safra, caindo de 2º para 3º produtor mundial, a Austrália ainda deve colher 10,5 milhões de toneladas de cevada e depende do mercado internacional para garantir a liquidez dos grãos (fonte AEGIC).

Prospectar novos mercados foi o que motivou a vinda do grupo australiano até o Brasil. No mundo, o principal destino da cevada é a alimentação animal (65% da produção), e o Brasil é o segundo maior produtor mundial e o primeiro maior exportador de carne bovina, é o terceiro maior produtor de aves e o primeiro maior exportador e é o quarto maior produtor e exportador de carne suína.

“A produção brasileira sempre esteve voltada para a indústria de malte, ainda assim as lavouras brasileiras suprem apenas 45% da demanda”, lembra o pesquisador da Embrapa Trigo Aloisio Vilarinho, destacando que tem crescido gradativamente o uso da cevada como alimento conservado para bovinos e na indústria de ração, inclusive com o desenvolvimento de cultivares especificas para esta finalidade.

“Além de conhecer o trabalho da pesquisa brasileira no melhoramento genético de cevada, viemos compartilhar experiências visando aproximar especialistas dos dois países prospectando futuras parcerias”, conta Mary Raynes, diretora de marketing do centro de exportação de grãos da Austrália (AEGIC).

Para o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Trigo, Mércio Strieder, o encontro deverá implicar em resultados futuros no intercâmbio de germoplasma e troca de conhecimentos entre instituições de pesquisa e fomento dos dois países. “A Austrália utiliza um modelo de negócios onde a pesquisa pública conta com maior investimento da iniciativa privada para alcançar melhores resultados na agricultura. Um exemplo a ser buscado pela Embrapa para seguir avançando”, conclui o pesquisador.

 

Joseani Antunes (MTb 9693/RS)
Embrapa Trigo

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