22/08/23 |   Recursos naturais

Comissão de Meio Ambiente debate saídas para a poluição do rio Dourados

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Foto: Luciana Nassar

Luciana Nassar - O Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Rafael Zanoni Fontes participou da reunião

O Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Rafael Zanoni Fontes participou da reunião

O rio Dourados, que se localiza inteiramente em Mato Grosso do Sul e pertence à bacia hidrográfica do Rio Paraná, tem, em suas águas, ao menos 33 tipos de agrotóxicos, conforme verificou a Embrapa Agropecuária Oeste. O problema foi um dos assuntos discutidos na tarde desta terça-feira (22) durante reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, realizada no plenarinho Nelito Câmara. Como encaminhamento, os parlamentares devem enviar o estudo da Embrapa ao Ministério do Meio Ambiente e buscar informações sobre a contaminação dos animais que habitam o rio e impactos na saúde da população douradense.

O encontro, proposto pelo deputado Renato Câmara (MDB), presidente da Comissão do Meio Ambiente, contou com a presença de outros parlamentares do grupo de trabalho: Lucas de Lima (PDT), vice-presidente, Rafael Tavares (PRTB), Zeca do PT (PT) e a deputada Gleice Jane (PT), suplente do deputado Neno Razuk (PL), que não pôde participar.  

O estudo da Embrapa foi apresentado pelo pesquisador Rômulo Penna Scorza Júnior. Ele informou que a pesquisa, realizada em 2022, considerou 47 agrotóxicos, dos quais 33 foram encontrados nas águas do rio Dourados. Scorza Júnior disse que não foi observado nenhum agrotóxico acima do valor máximo permitido em água superficial conforme Resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Confira a reunião na integra que foi transmitida pelos canais de comunicação da Alems. Clique aqui.

No entanto, o pesquisador ponderou que a Resolução do Conama, que tem quase 20 anos, contempla apenas três dos 33 (menos de 1%) agrotóxicos verificados no rio Dourados – ou seja, não há como saber se os níveis de poluição relativos aos outros 30 produtos têm valores elevados conforme a legislação, pois não há normativa nesse sentido.

O problema foi debatido pelos parlamentares, que definiram alguns encaminhamentos, entre os quais o envio do documento com resultado do estudo ao Ministério do Meio Ambiente. A Comissão vai oficiar a Embrapa para que encaminhe a pesquisa e tratar do problema com o Governo Federal.

Os parlamentares também decidiram solicitar à Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) estudo sobre a toxicologia de animais fluviais. A proposta foi feita pelo deputado Renato Câmara. Por sugestão da deputada Gleice Jane, a Comissão vai pedir informações a órgãos competentes sobre o impacto da presença de agrotóxicos no rio Dourados na saúde da população local.

Colaboração: Osvaldo Júnior (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul)
Embrapa Agropecuária Oeste

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