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Embrapa Soja e IDR-Paraná iniciam Giro Técnico da Soja Safra 2023/2024

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Foto: Claudine Seixas

Claudine Seixas - Pesquisador da Embrapa André Prando em Ângulo (PR)

Pesquisador da Embrapa André Prando em Ângulo (PR)

A Embrapa Soja, em parceira com o IDR-Paraná, inicia, em dezembro, o Giro Técnico da Soja-Safra 2023/2024. Durante todo o mês, serão realizados 16 encontros de produtores, técnicos e pesquisadores, nas principais regiões produtoras do estado. O objetivo é apresentar aos participantes boas práticas agrícolas, além dos resultados dessas tecnologias aplicadas no campo. Na oportunidade, também serão discutidas estratégias de combate à ferrugem asiática da soja. Os primeiros encontros serão realizados neste dia 4, em Ângulo e Jussara (PR). A organização espera a participação de mil produtores no Giro Técnico da Soja neste ano.

De acordo com Edivan José Possamai, coordenador estadual do Projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, o giro técnico vem sendo realizado, há dez anos, em parceria com a Embrapa-Soja e é o momento quando os agricultores que participam do projeto podem relatar como as novas tecnologias foram aplicadas em suas propriedades e os resultados obtidos. São práticas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), a fixação biológica de nitrogênio, o manejo de solos, tecnologias de aplicação de produtos na lavoura e Manejo Integrado de doenças (MID). “Estamos num período em que a  rentabilidade da soja vem diminuindo. Além disso, há uma demanda da sociedade por uma agricultura de menor impacto ambiental. As práticas divulgadas durante o Giro podem contribuir para que o produtor tenha uma lavoura rentável e preserve o meio ambiente”, afirmou Possamai.  

Para o pesquisador André Mateus Prando, da Embrapa Soja, o Giro Técnico, além de apresentar os resultados obtidos nas unidades de referência técnica, implantadas em áreas de agricultores, promove o intercâmbio entre os diferentes elos do processo produtivo. “Esse evento promove realmente uma troca de informações muito boa entre o produtor, a assistência técnica e a pesquisa: todos saem ganhando com essas aproximação”, diz Prando.

“É a oportunidade para mostrarmos que a adoção do Manejo Integrado de Pragas e doenças, por exemplo, traz ganhos econômicos e ambientais, assim como a adoção da Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN)”, diz. O pesquisador explica que a adoção da FBN, via coinoculação da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio, promove um incremento de produtividade médio de 8,2%. Esse percentual representa benefícios na ordem de R$ 575,00 por hectares. “Além de ser uma prática bastante rentável, ajuda o meio ambiente por dispensar o uso de fertilizantes nitrogenados na cultura da soja”, destaca.

 

Ferrugem asiática

Uma das maiores preocupações dos produtores neste ano é a ocorrência da ferrugem asiática, já que o controle da doença exige a aplicação de fungicida e, consequentemente,  aumenta os custos de produção. Possamai informou que a umidade excessiva, favorecida pelas precipitações em ano de El Niño, fez com que a ferrugem fosse verificada mais cedo nesta safra no Paraná. Ele acrescentou que a doença já detectada nas regiões de Pato Branco, Cascavel, Toledo, Campo Mourão, Londrina, Cornélio Procópoio, Dois Vizinhos e Ponta Grossa.  

Uma das práticas mais importantes para o manejo da ferrugem é o uso de coletores de esporos, atualmente instalados em 180 áreas no estado. Os equipamentos coletam os esporos do fungo causador da doença e, somado às condições de temperatura e umidade, indicam o momento certo de fazer a aplicação de fungicidas nas lavouras. Possamai ressalta que essa estratégia está se consolidando como um modelo de produção sustentável de soja.

 

Redução de custos

Outra estratégia é o MIP (Manejo Integrado de Pragas) que indica ao produtor o momento adequado de fazer o controle de pragas e evitar danos à produção. “O MIP pode reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas e o MID (Manejo Integrado de Doenças) reduz em até 40% as aplicações de fungicidas, sem comprometer a produtividade das lavouras. Essas práticas revertem em mais renda para o produtor, menor custo de produção e menor impacto ambiental, trazendo benefícios para a sociedade como um todo”, concluiu. Informações a respeito do Giro Técnico, bem como a localização das propriedades onde vão acontecer os encontros podem ser obtidas nos escritórios do IDR-Paraná.

 

A seguir o calendário dos encontros:

04.12          8h30 Ângulo
                 13h30 Jussara

05.12           8h30 Quarto Centenário
                  13h30 Palotina

06.12           13h30 Céu Azul

07.12            8h30 Bela Vista da Caroba
                    14h00 Boa Esperança do Iguaçu

08.12             8h30 Mariópolis

11.12           14h00   Faxinal

12.12               8h30 Guarapuava
                      14h00 Laranjeiras do Sul

12.12               8h30 Sabáudia

12.12              14h00   Cafeara

13.12                8h30  Guamiranga

13.12                8h30 Cornélio Procópio

14.12                8h30 Reserva

 

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