Dois eventos movimentaram a Embrapa Agrobiologia neste fim de ano: uma oficina sobre pecuária de baixo carbono e uma reunião técnica da Rede Leguminosas em Pastagens, do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur). De 28 a 30 de novembro, foi realizada na Unidade uma oficina da Rede Ganaderia baja en Carbono (em português, pecuária de baixo carbono), do Programa Íbero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted), que conta com a participação de instituições da Argentina, do Brasil, do Chile, da Colômbia, da Espanha, do México, do Peru e do Uruguai.

O objetivo do evento foi discutir as metodologias para determinar fatores de emissão de gases de efeito estufa na atividade pecuária. Além de uma base teórica, com atualizações sobre as atividades da Rede e de apresentações sobre as técnicas para determinação das emissões dos GEE, a programação também abrange visitas ao Laboratório John Day de isótopos estáveis e instalação de câmaras estáticas em campo, com posteriores cálculos das emissões.

Entre os dias 5 e 7 de dezembro, cientistas da Argentina, Chile, Uruguai, além dos pesquisadores Bruno Alves e Segundo Urquiaga, da Embrapa Agrobiologia, participaram da reunião da Rede Leguminosas em Pastagens, vinculada ao Procisur. O objetivo foi definir as atividades para 2024 e as ações de difusão e transferência de resultados.

A Rede tem por meta determinar as melhores estratégias para a introdução de leguminosas forrageiras em áreas onde as pastagens tradicionais estão baseadas no plantio de gramíneas forrageiras, considerando que as leguminosas têm como vantagem a significativa contribuição de nitrogênio nos sistemas de produção, devido à FBN, que também apresenta alto potencial de favorecer o sequestro de carbono no solo, contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.