23/02/24 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Dia das Pastagens traz casos de produtores de sementes de forrageiras com genética Embrapa

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Foto: Francisco Lima

Francisco Lima - Melhoramento genético da Embrapa e mercado de sementes forrageiras são uma grande oportunidade de negócios para produtores que querem diversificar sua propriedade de produção e renda.

Melhoramento genético da Embrapa e mercado de sementes forrageiras são uma grande oportunidade de negócios para produtores que querem diversificar sua propriedade de produção e renda.

A Embrapa fechou sua programação técnica no terceiro e último dia da 34ª Abertura da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, 23 de fevereiro, com o Painel de relatos de produtores que usam a genética de Forrageiras da Empresa, contando com a moderação do engenheiro agrícola Sergio Bender, da Embrapa Clima Temeprado.  A manhã foi focada nos materiais das Pastagens e seu crescente mercado de sementes e mudas, oportunizando novos negócios para o produtor multissafras. As palestras técnicas, realizadas durante os três dias, levaram um público significativo e especializado para o estande institucional da Embrapa, na avenida principal do evento, na Estação Experimental Terras Baixas.

A primeira fala foi feita pelo pesquisador Daniel Montardo, da Embrapa Pecuária Sul, que traçou um histórico do surgimento das primeiras sementes de plantas forrageiras vindas da imigração europeia para o país, em 1824. Muito se construiu ao longo do tempo, mas a partir de 2010 é que se estabeleceu um marco regulatório para posteriormente se apresentar uma lei de sementes, pois até 2011 poderiam ser vendidas sementes sem procedência genética. “O melhoramento genético  e o mercado de sementes estavam totalmente dissociados”, disse Montardo. Atualmente este distanciamento se transformou e há uma ligação entre si. “Mas mesmo assim, ainda há uma parte muito pequena sendo ocupada no mercado de sementes de forrageiras, tendo ainda uma taxa de uso de sementes das novas cultivares somente entre 2% e 4%”, falou considerando muito aquém do esperado. Ele discorreu sobre como desenvolver modelos de  produção de sementes diferenciadas e como aumentar a demanda por sementes de qualidade. “O mercado de sementes de forrageiras, nos modelos atuais, é relativamente recente, e ainda está passando por um forte processo de (re) estruturação”, considerou. 

Na sequência falaram os representantes da Terra Greda Sementes, Felipe Dias, de Bagé, que apresentou seu portfólio de sementes de forrageiras genética Embrapa, mantendo o foco com duas safras/ano. 

A seguir, Sementes Lopes/Sulpasto, com Pedro Henrique Mastella e Claudio Machado, de Santa Bárbara do Sul, mostrou sua parceria aglomerando 18 empresas, que através da parceria Embrapa, UFRGS e Sulpasto possuem 15 cultivares lançadas, destacando a performance do Capim-sudão BRS Estribo. 

O terceiro momento foi dedicado à Integração Sementes, com Marcelo Costa,  de Campo Grande/MS, ao apresentar materiais de espécies tropicais, adaptados a regiões frias e vislumbrar um mix forrageiro, misturando diferentes pastagens para diferentes perfis de sistema de produção e  produtores.

O painel foi encerrado com a fala do produtor rural Waldoir Araújo da Costa, de Camaquã, que explicou sua crescente jornada de produtor de tabaco a microempresário de sementes de forrageiras. “Utilizamos somente a genética de forrageiras da Embrapa, onde 80% da nossa lavoura dedicou-se ao capim-elefante BRS Capiaçu, e hoje, por desenvolvermos um sistema de manejo próprio e diferenciado, nossa área possui 80% de capim-elefante BRS Kurumi”, disse. Ele comentou que utilizavam 5 hectares da terra da pequena propriedade para alcançar 15 mil mudas. Atualmente, a propriedade usa os mesmos 5 hectares e está obtendo 1 milhão e 200 mil mudas de Kurumi. 

Waldoir consegue também ser gerador de emprego ao dar oportunidade para mais oito famílias vizinhas trabalharem no negócio rural. “Esse mercado permitiu que se estabelecesse uma sucessão familiar e eu acredito muito no potencial desses materiais, pelo o quanto demonstraram seus dados de produção e produtividade”, avaliou. Ele comentou ainda que o material da BRS Kurumi não servirá apenas para o rebanho de corte e leite, mas terá outras possibilidades, as quais ela já está testando em sua propriedade com parceiros e será conhecida em momento oportuno.

Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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