29/02/24 |   Biotecnologia e biossegurança

Novo equipamento incrementa estudos com microrganismos na pecuária

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Foto: Rodrigo Alva

Rodrigo Alva - Com o MALDI-TOF, o potencial para identificação, em quantidade, de microrganismos é enorme.

Com o MALDI-TOF, o potencial para identificação, em quantidade, de microrganismos é enorme.

A chegada de um MALDI-TOF ao Laboratório Multiusuário para Biossegurança para a Pecuária (Biopec), da Embrapa Gado de Corte, amplia sua capacidade analítica de microrganismos. Seu custo, ao redor de R$ 1 milhão de reais, está a cargo do projeto UNIBIOPEC, via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/Finep), com chamada voltada à infraestrutura de pesquisa em áreas prioritárias.

“O laboratório ganha capacidade analítica, porque esse equipamento faz rápida identificação de microrganismos cultiváveis. Ele é mais rápido que os métodos analíticos que usamos tradicionalmente”, afirma o pesquisador Flabio Araújo, líder do projeto UNIBIOPEC. O equipamento de alta exatidão é destinado à identificação de microrganismos, como bactérias, micobactérias, fungos e leveduras, a partir do princípio da espectrometria de massa. 

A proposta firmada entre Embrapa, Funarbe e Finep foi submetida por Araújo, Lenita Ramires, Andrea Egito, Vanessa Felipe, Renato Andreotti e Newton Verbisck, e o montante total aprovado foi de, aproximadamente, R$ 2,4 milhões. Além do MALDI-TOF, duas autoclaves estão em fase de pré-aquisição. A equipe do Biopec está a estabelecer as especificações necessárias e a prospectar o mercado. 

O equipamento anterior, um AutoFlex, é para outras aplicações e está obsoleto, conta o imunologista Flabio. Com o MALDI-TOF, o potencial para identificação, em quantidade, de microrganismos é enorme. Por ter uma biblioteca, é possível comparar os espectros proteômicos, gerando um banco de dados e identificação em curto espaço de tempo. 

Tanta especificidade exigiu um treinamento da equipe do laboratório, feito na última semana. Pesquisadores, laboratoristas, bolsistas e colaboradores, no total de onze profissionais, tiveram uma atualização de 16 horas, ministrada por Luiz André Pelaes, químico e técnico da Bruker do Brasil. 

Para Maxwell Parrella, gestor de laboratório, a capacitação permitiu “explorar todo o potencial oferecido pelo equipamento e habilitar o pessoal em identificação rápida de patógenos”. Os participantes aprenderam a operar adequadamente o instrumento, permitindo a coleta plena de dados para alcançar os resultados previstos nos projetos de pesquisa. 

O Biopec possui áreas de biossegurança nível 1, 2 e 3 (NB1, NB2 e NB3), e nelas são realizadas atividades que envolvem patógenos de alto risco biológico para a cadeia da pecuária, causadores de doenças como salmonelose, brucelose, tuberculose e doenças êntero-hemorrágicas. O projeto a ser atendido, inicialmente,  segundo Araújo, será o de mormo, doença de notificação obrigatória no Brasil, causada pela bactéria Burkholderia mallei.

O laboratório multiusuário está cadastrado na Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa MCTI e está disponível para a comunidade científica. Sua utilização, e de outros equipamentos, é possível mediante a solicitação de uso e aprovação do Comitê Técnico. Informações e agendamento em: https://www.embrapa.br/gado-de-corte/laboratorio-biopec.

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

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