Entre os dias 17 e 23 de março de 2024, a Embrapa Florestas e o Governo do Paraná, no âmbito do Programa Nacional de Solos Paraná (PronaSolos PR), irão promover, na região Oeste do Paraná, um novo evento técnico-científico itinerante para Correlação e Classificação de Solos e Vegetação Fluvial (1ª RCCSV-PR). A Equipe organizadora da RCCSV-PR vai a campo com 94 participantes inscritos, entre técnicos, professores e pesquisadores, para analisar perfis de solos e suas interações com manejo dos sistemas produtivos e com a vegetação fluvial da região que compõe parte das bacias hidrográficas Paraná 3 e Piquiri. Serão sete dias de debates técnicos-científicos no meio rural dos municípios de Cascavel, Ouro Verde, Maripá, Terra Roxa e Guaíra, no estado do Paraná. Segundo os organizadores, a cada dia, haverá três pontos para debates, distribuídos em pedossequência (sequência de solos ao longo da encosta), todos relacionados aos sistemas produtivos e de conservação existentes na região. Após os dias de trabalho em campo, o grupo se reunirá para elencar sugestões para políticas públicas, com base nas potencialidades e fragilidades observadas ao longo da semana. Parte da equipe esteve a campo, previamente, para promover a abertura de perfis de solos e áreas que vão permitir as análises e discussões. “Durante a excursão estão previstas discussões sobre vários aspectos técnicos-científicos, todos altamente relacionados à dinâmica de paisagens, tendo como meta maior promover o desenvolvimento dos sistemas produtivos e, ao mesmo tempo, a conservação e preservação dos recursos naturais solo e vegetação fluvial, enfatizando sempre a segurança hidrológica”, ressalta Gustavo Curcio, pesquisador da Embrapa Florestas. O pesquisador João Bosco Gomes, também pesquisador da Embrapa Florestas, ainda explica que as pedossequências escolhidas possuem alta representatividade das paisagens que constituem as bacias hidrográficas Paraná III e Piquiri, dentre muitas que se identificaram durante o mapeamento de solos executados pelo PronaSolos PR nas citadas bacias. “Possuem forte correspondência em termos geológicos, geomorfológicos e pedológicos, estendendo-se essa legitimidade aos tipos de uso e manejo dos solos e suas consequentes implicações sobre a vegetação fluvial de rios e de cabeceiras de drenagem, todos com atinência à hidrologia de superfície e subsuperfície.”, esclarece Annete Bonnet, pesquisadora da área de vegetação da Embrapa Florestas. A atividade compreenderá extensa área de análise com ampla diversidade de assuntos técnico-científicos relacionados ao dia-a-dia dos técnicos e agricultores da região. A coordenação técnica do evento é da Embrapa Florestas, Embrapa Soja e IDR-Paraná, com patrocínio da Itaipu Binacional e Governo do Estado do Paraná, apoio técnico da Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto Água e Terra e apoio da Faped (Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento). Mais informações clique aqui.