18/03/24 |   Gestão Estratégica

Gestores e equipe técnica da Embrapa Cocais fazem prospecção em sistemas agroflorestais no Pará

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa -

De olho na construção de sua visão de futuro a partir dos principais eixos estratégicos de atuação já definidos  (bioeconomia, inovação social e sistemas integrados), gestores e equipe técnica da Embrapa Cocais estão realizando prospecção técnica a regiões produtoras para reunir informações estratégicas que orientem tomada de decisão sobre os rumos da Unidade.

De 11 a 14 de março, a missão visitou agricultores do município de Tomé-Açu (PA) para conhecer os sistemas agroflorestais de diferentes escalas e de referência em produção sustentável na Amazônia, e ainda a pesquisa com os sistemas integrados de produção e a cadeia agroindustrial da região. Também estiveram presentes o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos,  técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema) e a produtora rural Teresa Vendramini, membro do Conselho de Administração da Embrapa (Consad). A próxima visita será de 25 a 28 de março à região da Baixada Maranhense.

Para o chefe da Embrapa Cocais, Marco Bomfim, a Embrapa Cocais vem ampliando a atuação em rede com a Embrapa, agentes de C&T e instituições públicas (universidades, institutos federais, governo municipal, estadual e federal) e privadas (produtores, agroindustriais e indutores) e sociedade civil organizada. O objetivo é construir modelo de inovação aberta e social em rede integrado às demandas agropecuárias para fazer entregas e diversificar fontes de recursos, fortalecendo o desenvolvimento inclusivo e sustentável pelo apoio a políticas públicas.

A conexão da ciência com o segmento produtivo, na qual a pesquisa ocorre nas áreas dos produtores e as práticas e inovações são imediatamente validadas, é um ponto importante visto nas experiências de Tomé-Açu, exemplo de sustentabilidade muito consolidado de trabalho com a pesquisa na perspectiva da inovação aberta, prática histórica da nossa Unidade. Queremos levar mais SAFs para o Maranhão e ainda outros métodos de recuperação de áreas degradadas e é importante entender o estado da arte, os desafios e a trajetória de consolidação. Os sistemas sustentáveis são uma das pautas que vêm sendo priorizadas dentro da agenda de bioeconomia da Embrapa como um todo e da Embrapa Cocais. Nosso compromisso é garantir a sustentabilidade da atividade produtiva e a inclusão socioprodutiva da agricultura familiar e do extrativismo”, argumentou o gestor.

A Embrapa Amazônia Oriental, de acordo com o chefe-geral Walkymário Lemos, vem investigando os SAFs ao longo do tempo, buscando não apenas redefinir desenhos, mas também gerar indicadores de sustentabilidade ambiental, econômica e social. No campo experimental da instituição em Tomé-Açu, as pesquisas com fruteiras nativas e introduzidas na região já geraram importantes resultados para a fruticultura, como cultivares de cupuaçu e açaí, amplamente utilizadas nos SAFs da região.

“Os Sistemas Agroflorestais representam um modelo de produção que temos defendido para a Amazônia. É inclusivo, é ecologicamente desejável por ofertar serviços ambientais e mitigar emissões de gases de efeito estuda e resulta em recursos diversos para a nossa população”, afirma o gestor.

O que são sistemas agroflorestais

Tecnologias desenvolvidas na Embrapa que otimizam o uso da terra com produção diversificada de alimentos numa mesma área. Integram árvores, culturas agrícolas, como milho, macaxeira e banana nos primeiros anos, e cupuaçu, açaí, acerola e taperebá nos anos seguintes. Também compõem o sistema plantas forrageiras e, às vezes, animais, de maneira simultânea ou sequencial. Os impactos sociais, econômicos e ambientais da tecnologia são bastante positivos.

No sistema agroflorestal, busca-se otimizar a ciclagem de nutrientes onde o solo sempre está coberto pela vegetação e com muitos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras. As plantas do sistema produzem matéria orgânica para alimentar os animais e adubar o solo, o que reduz a utilização de insumos externos, diminuindo os custos de produção. As árvores melhoram a produtividade do sistema, pois ajudam na recuperação do solo, microclima e balanço hídrico, e ainda absorvem carbono da atmosfera. A tecnologia reduz a pressão pela abertura de novas áreas de terras para o cultivo agrícola.

A combinação de diferentes cultivos num sistema agroflorestal o torna mais vigoroso, desde que elaborado e manejado corretamente, e contribui para uma alimentação saudável dos agricultores familiares e consumidores, além do aumento da renda com a comercialização dos produtos.

Para saber mais sobre a missão técnica e a os SAFs no Pará, acesse: "Sistemas Agroflorestais do Pará são exemplos de produção sustentável na Amazônia"

Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais

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