20/03/24 |   Segurança alimentar, nutrição e saúde  Transferência de Tecnologia

Mapa de oportunidades para as mulheres rurais é apresentado em audiência pública

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Foto: Maria Clara Guaraldo

Maria Clara Guaraldo - Selma Beltrão participa da audiência pública

Selma Beltrão participa da audiência pública

A Embrapa participou hoje (20) de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal. “Mulheres Rurais, da produção à política” foi o tema debatido entre as participantes que também contaram suas experiências e histórias de vida como produtoras rurais e filhas de famílias agricultoras do interior do Brasil, como Mazé Morais, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Mara Lúcia Pierdoná, produtora rural no Rio Grande do Sul e Lucilha de Almeida, vereadora e agricultora familiar do Assentamento Santa Mônica, em Terenos (MS).

Selma Beltrão, diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, participou da audiência representando a Embrapa. “Somos 33% de mulheres no quadro e 39% em cargos de gestão. Levamos 50 anos para ter uma presidente mulher. Portanto um dos nossos compromissos é atuar para que se tenha mais pesquisa e ações voltadas para as mulheres rurais”. Ela lembrou os dados do último Censo Rural, de 2017, onde se evidenciou a presença de 1,7 milhão de mulheres à frente de propriedades rurais. “São conquistas graças às políticas públicas”, afirmou.

Além de Selma, participaram da audiência Maíra Coraci Diniz, diretora da Câmara de Conciliação Agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Patrícia de Lucena Mourão, coordenadora de Organização Socioprodutiva de Mulheres Rurais, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Lucilha de Almeida, vereadora do município de Terenos/MS, Mara Lúcia Pierdoná, produtora rural e engenheira agrônoma, Lucimara Chiari, diretora da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, do Mapa, e Mazé Morais, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.

Selma apresentou as iniciativas da Embrapa que visam o fortalecimento da atuação das mulheres no campo. “As mulheres rurais estão inseridas na nossa agenda estratégica”, informou. Ela se referiu ao Seminário  Contribuições para a Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Social para Mulheres Rurais, realizado em novembro do ano passado pela Embrapa e MDA, quando foram pactuados compromissos com os diversos segmentos de mulheres rurais no âmbito da pesquisa, desenvolvimento e inovação, chamado Mapa de Oportunidades.

Entre eles estão a oferta de uma rede de serviços que contribua para a construção do conhecimento em segurança alimentar e nutricional, em plantas medicinais e na gestão sustentável dos territórios, o programa de acesso e resgate da genética, com a instalação de banco de sementes em territórios rurais.

E ainda: apoio à ampliação dos quintais produtivos, disponibilização de pesquisas sobre a produção de bioinsumos, construção de chamadas públicas de assistência técnica e extensão rural, fortalecimento do Observatório de Mulheres Rurais do Brasil, iniciativa da estatal, em parceria com o Mapa e FAO que tem entre os seus objetivos  disponibilizar dados para a elaboração de políticas públicas para as mulheres rurais.

“Contamos muito com o apoio dessa casa e de todo Congresso Nacional para que possamos continuar trabalhando em prol de todo o território nacional”, agradeceu Selma ao término de sua exposição.

 

Requerimento coletivo

A audiência pública foi fruto de um requerimento coletivo assinado pelas senadoras Tereza Cristina (PP/MS), Teresa Leitão (PT/PE) e Margareth Buzetti (PSD/MT). Tereza Cristina reconheceu a importância da política de titulação da terra para as mulheres por trazer segurança jurídica e enfatizou a necessidade de crédito rural e assistência técnica para que possam fazer a diferença.

“Temos uma deficiência do estado brasileiro que são as agências de assistência técnica. Por isso, o sistema S e as secretarias municipais e estaduais devem continuar a fazer a extensão rural como fizeram em tempos passados”, afirmou.

“A presença das mulheres nos movimentos rurais ao mesmo tempo em que promove o seu reconhecimento como sujeito político, também propicia a valorização da participação e da organização dessas mulheres na produção e na política. Nós mulheres temos tendência em atuar coletivamente, em grupos, redes e associações. Na produção rural percebemos que isso também ocorre”, disse Teresa Leitão. Margareth Buzetti falou sobre a importância das redes “Uma coisa precisamos aprender: trabalhar em rede e na política, porque tudo passa pela política”.

 

Assista a audiência pública completa acessando aqui. 

Confira no flickr da Embrapa as fotos da audiência pública

Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)
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