Com o objetivo de capacitar produtores rurais no aproveitamento de frutas nativas da Amazônia, a Embrapa Amazônia Ocidental, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Grupo Esperança Orgânica promovem no período de 25 a 27 de março, o curso Elaboração de Produtos de Frutas Nativas da Amazônia. O evento acontece no Instituto Federal do Amazonas (Ifam), em Presidente Figueiredo, AM. As inscrições já estão encerradas com os produtores que participam do projeto de pesquisa “Conservação in situ/on farm de recursos genéticos vegetais e interação com a conservação ex situ”, e tem como instrutoras Aparecida Claret de Souza, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental e Simone Ramos, pesquisadora da Unicamp. Tem como apoiadores o Ifam e a Prefeitura Municipal de Presidente Figueiredo. A necessidade do curso, conforme as organizadoras é capacitar e dar oportunidade aos produtores rurais de praticar a elaboração de produtos a partir de frutos nativos, visando otimizar o aproveitamento de frutas nativas, como cupuaçu, araçá-boi, cubiu, guaraná e outros. A programação abordará a fermentação e secagem de sementes, geleia de frutas, goiabada de colher, barra de frutas, bebidas não alcoólicas, chocolate de cupuaçu, xarope de guaraná, extrato de cubiu e extrato e xarope de guaraná. “As frutas nativas normalmente apresentam período curto de vida útil, o que proporciona grandes perdas pós-colheita”, explica Claret. Por vários motivos, eles carecem de agilidade para colocarem as frutas frescas no mercado, por isso, teve a ideia de promover o curso visando o aproveitamento dessas frutas na elaboração de doces, geleias e outros preparados, visando o consumo dessas espécies de frutas durante maiores períodos do ano e ainda possibilitando a comercialização no mercado local, gerando alguma renda para o produtor. “A elaboração de produtos a partir da polpa, sementes e mesmo casca dessas frutas nativas, é uma boa alternativa, que pode resultar em alimentos com características nutricionais diversificadas além de novos sabores e formulações”, conclui a pesquisadora.