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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário é lançada, com representação da pesquisa da Embrapa

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Foto: Vinicius Kuromoto

Vinicius Kuromoto -

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, participou na terça-feira, dia 2 de abril, do lançamento da Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário, considerada uma importante estratégia para o desenvolvimento do setor no Brasil. O lançamento ocorreu durante a programação do Workshop sobre Gestão de Risco Agropecuário, realizada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a presença de pesquisadores, CEOs e lideranças empresariais do mercado de seguros. No mesmo dia, também foi apresentada a parceria para a construção do Primeiro Plano Nacional de Risco Agropecuário, e o lançamento do projeto Cafeicultura Brasileira Resiliente, que visa a compensação de crédito de carbono no pagamento da apólice de seguro rural.

Estiveram presentes o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o presidente da Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário, Vitor Ozaki (CEO da Picsel), além do diretor e do supervisor da Câmara, Jonatas Pulquério (do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Politica Agrícola do Mapa) e Luiz Henrique (Coordenação de Apoio às Câmaras Temáticas e Setoriais), respectivamente.

Para Sílvia Massruhá, a importância da iniciativa reforça o reconhecimento do papel da pesquisa e o fortalecimento estratégico para as mais de 30 unidades da Embrapa envolvidas com o tema. A Embrapa é uma das 57 representações públicas e privadas que vão compor a Câmara, que terá entre as principais atribuições discutir e contribuir para a efetivação de estratégias para o desenvolvimento do agro. “A decisão de criar a Câmara é fundamental, entre outros aspectos, para abordar questões sobre a necessidade de recursos para que a pesquisa avance”, disse ela. “O  Ministério da Agricultura e o Banco Central se posicionaram de forma decisiva, no entendimento dessa rede”, comentou, destacando a comprovação da confiança ao trabalho da Embrapa.

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, defendeu que o novo fórum destina-se a trazer para dentro do Ministério da Agricultura a presença de atores que precisam ser ouvidos. “Tudo acaba girando em torno de remuneração, de previsibilidade e de transparência e o setor agropecuário precisa disso”, comentou.  “Caso queiramos avançar no seguro agrícola, em apoio aos produtores, não podemos correr o risco de sinalizar para o mercado com algo que não será possível de cumprir”.  

Segundo ele, serão necessárias ferramentas mais modernas e universalizadas, compatíveis com a importância do setor para o desenvolvimento nacional. Geller disse ainda que o Mapa vai trabalhar para oferecer condições para que haja avanços, em articulação com agentes públicos, a equipe econômica e o Congresso Nacional. “Vamos estudar o macro e o que pode ser implementado logo, em cooperação com parceiros e a Embrapa que vai desenvover um papel importante, com sugestões de formas de seguro para continuar avançando em todo território nacional”, afirmou. “Os desafios estão postos e por isso precisamos estar cercados por pessoas competentes que vão dar respaldo para implementar a política de seguros que o Brasil precisa”.  

Representando a composição da Câmara Temática, Vitor Ozaki, que vai assumir a presidência, falou sobre a motivação de criação do fórum a partir da gestão de risco agropecuário. “Meu papel será secundário à frente da Câmara, porque o protagonismo é do Governo e parceiros, que vão nortear as discussões que vão acontecer”, explicou.  O supervisor da Câmara, Jonatas Pulquério, lembrou a confirmação do investimento de R$ 579 mil investidos por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) já assinado, destinados ao Zarc Nível de Manejo, por meio do Mapa e do Banco Central. “Mas as portas estão abertas para somar no incentivo da pesquisa, no desenvolvimento eficaz e na efetividade dessa ferramenta dentro do mercado de seguros e do mercado financeiro”, destacou, referindo-se às limitações orçamentárias com as quais as entidades podem contribuir em planos de ação que ajudem o avanço no âmbito da Rede Zarc.

Presença técnica

Participaram do evento os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, José Ricardo Pezzopane, que falou sobre Zoneamento de Agrícola de Risco Climático (Zarc) Pecuária, e  José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja, que abordou Zarc Nível de Manejo (NM). Para a produção pecuária a pasto, Pezzopane relacionou os efeitos climáticos que afetam a produção da pastagem e a consequente ocupação animal dos pastos, cujos resultados foram publicados em Nota Técnica do Ministério da Agricultura.

“O Zarc é uma ferramenta importante para o planejamento, para o produtor e contribui para que o país promova maior estabilidade e menores riscos e perdas, a partir da transferência de tecnologia”, disse o pesquisador José Renato Faria. Segundo ele, culturas não irrigadas como a maioria da área produtora de grãos no  Brasil, possuem como fontes hídricas a água proveniente da chuva e a disponibilizada no solo. “As práticas de manejo do solo podem promover melhores armazenamento, recarga e distribuição da água no solo, incrementando o volume disponível às plantas e isso é fundamental em momentos de deficiência de chuvas”, explicou.

Kátia Marsicano (MTb DF 3645)
Superintendência de Comunicação (Sucom)

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