O 27º Fórum de Governadores da Amazônia Legal,  realizado em Rio Branco, entre os dias 10 e 12 de abril, reuniu representantes dos governos e de instituições de pesquisa de nove estados (sete da região Norte, além de Mato Grosso e Maranhão) com o objetivo de buscar soluções inovadoras para os desafios enfrentados na região. O debate envolveu temas prioritários como a definição de ações coletivas com foco no  desenvolvimento sustentável da região, proteção às fronteiras e o compromisso com a preservação ambiental e respeito às comunidades locais. A Embrapa participou do evento representada por Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, e por Walkymário de Paulo Lemos, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental. 

O Fórum conta com uma plenária sobre eventos climáticos extremos, reuniões das câmaras setoriais e visitas técnicas, reunião do Conselho de Administração do Consórcio Amazônia Legal, recepção e assembleia geral dos governadores, reunião dos governadores com presidentes dos Tribunais de Justiça e reunião governamental.

Também fez parte da programação do Fórum de Governadores, a reunião ordinária do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, no dia 10, com a participação de mais de 50 secretários estaduais, de diversas pastas. Entre outras pautas, o evento discutiu a aplicação de recursos do Fundo Amazônia e iniciativas inovadoras que atenuem os efeitos das mudanças climáticas na região,  ajudem a proteger a floresta e promovam o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade ambiental e respeito às comunidades locais.

Restauração florestal

Os representantes das unidades da Embrapa participaram de reunião da Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde, no dia 11. Além disso, Pena também participou como mediador da mesa “Impactos econômico e ambiental da restauração florestal: estratégias inovadoras do setor privado”, tema alinhado às discussões sobre as alternativas para repor passivos ambientais na região.

“A restauração florestal também é outra linha importante para a sustentabilidade na região. Uma área degradada pode ser recuperada e voltar a fazer parte do sistema produtivo de uma propriedade rural. Dispomos de tecnologias  sustentáveis que  podem conciliar aumento da produção e melhoria da renda no campo com conservação ambiental, como é o caso de sistemas agroflorestais compostos por seringueira, cupuaçu ou cacau, entre outras espécies de valor comercial”, destaca.

Para o gestor, o  Fórum de Governadores é um passo importante para discutir estratégias de participação na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30),  que acontecerá em Belém em 2025. “Muito do que o Brasil vai entregar como resultado passa por pesquisas conduzidas pela Embrapa, que  podem contribuir com conhecimentos científicos para mitigar os efeitos das mudanças do clima, como as métricas de carbono, e ajudar a cumprir as metas do Plano ABC+ (Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixo Carbono na Agricultura)".

Parcerias

Além de pautas de interesse comum e relevantes para os estados, o Fórum de Governadores também é um espaço para consolidação de parcerias em prol do desenvolvimento dos estados. Durante o evento foram assinados termos de cooperação entre o governo do Acre e governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e Unibanco. 

A Embrapa assinou convênio de cooperação técnica com a Secretaria do Meio Ambiente do Acre, para a realização de trabalhos conjuntos em diferentes frentes de atuação. Segundo a secretária Julie Messias, que também é presidente do Fórum de Secretários da Amazônia Legal e da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e Florestas (GCF TF-Brasil), a  Embrapa é uma instituição que tem contribuído muito com Acre e demais estados da Amazônia. Há importantes resultados de pesquisa e um grande volume de conhecimento sendo implementado  na região, principalmente na agenda da restauração florestal”, enfatiza.