02/04/24 |   Agricultura de Baixo Carbono

Pesquisadores discutem uso de ferramenta para estimativas de emissões e remoções de gases de efeito estufa

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Entre os dias 26 e 28 de março, pesquisadores da Embrapa e do Canadá reuniram-se na Embrapa Agrobiologia, em Seropédica, RJ, para discutir o uso do modelo DNDC (DeNitrification DeComposition model) como ferramenta crucial na simulação da dinâmica de nitrogênio e carbono no sistema solo-planta-atmosfera. A reunião, fruto de uma colaboração estabelecida pelo Memorando de Entendimento (MOU) assinado em 2020 entre o Agriculture and Agrifood Canada (AAFC) e a Embrapa, teve como um dos objetivos unir esforços de ambas instituições para aprofundar estudos colaborativos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na agricultura. 

De acordo com o pesquisador Bruno Alves, o modelo DNDC é reconhecido internacionalmente por sua capacidade de simular processos complexos envolvendo o ciclo de nitrogênio e carbono no solo, nas plantas e na atmosfera. “Sua aplicação torna-se fundamental em um contexto em que a agricultura enfrenta desafios cada vez mais urgentes relacionados à sustentabilidade e à adaptação às mudanças climáticas”, afirma. 

No encontro, os pesquisadores compartilharam experiências e resultados de estudos para calibração do modelo DNDC para prever emissões de óxido nitroso, um potente gás de efeito estufa, e remoções de CO2 pelo solo. De acordo com Bruno, a utilização apropriada do DNDC permite uma rápida avaliação do impacto de diferentes cenários de produção, sendo também uma ferramenta que pode ser empregada como subsídio na elaboração de políticas públicas. “O objetivo é validar o modelo para o ambiente tropical, visando a disponibilizar uma ferramenta para avaliar e prever os impactos das práticas agrícolas, além de dar suporte a políticas públicas, como o inventário nacional de GEE”, contextualiza Bruno. “As práticas do Plano ABC, a Política de  Créditos de Carbono e os Serviços Ambientais são outras políticas governamentais que podem se beneficiar do uso do DNDC”, complementa.

A reunião marca a colaboração entre o AAFC e a Embrapa para o desenvolvimento da agricultura de baixo carbono, que se alinha aos compromissos nacionais de mitigação das mudanças climáticas. A coordenação foi de Bruno, contando também com a participação dos pesquisadores Segundo Urquiaga (Embrapa Agrobiologia), Beata Madari (Embrapa Arroz e Feijão) e Antonio Carlos Reis de Freitas (Embrapa Cocais). Pelo AAFC, participaram os pesquisadores Craig Drury e Ward Smith. O evento também contou com a presença de colegas da UFRRJ.

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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