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Produtores de Cunha/SP investem em conhecimento sobre araucária com produção precoce de pinhão

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Foto: Katia Pichelli

Katia Pichelli -

Produtores rurais e técnicos de Cunha/SP estiveram na Embrapa Florestas (Colombo/PR) e em área de produtor rural parceiro em Bocaiúva do Sul/PR para conhecer mais sobre a tecnologia de araucária com produção precoce de pinhão. O grupo, formado tanto por pioneiros no plantio de pinhão como também por produtores que queriam conhecer mais sobre o assunto, também visitou uma área de pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Apesar de contar com uma pequena área quando comparada com outras regiões, Cunha coletou, somente no ano passado, 390 toneladas de pinhão, em um trabalho envolvendo cerca de 400 pequenos produtores rurais. “Esse trabalho é, hoje, baseado no extrativismo e temos interesse em fomentar o plantio para facilitar a colheita e também reduzir a coleta nos fragmentos florestais nativos”, explica Cesar Frizo, técnico da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/SP) e responsável pela organização da visita.

“O município tem um relevo acidentado e montanhoso e a produção de pinhão é uma alternativa de renda aos produtores”, completa. Além disso, segundo Frizo, a técnica de enxertia para produção precoce de pinhão é um estímulo ao plantio por conta da precocidade e facilidade de colheita. “O produtor sai do extrativismo para efetivamente fazer uma colheita”, celebra. 

Há cerca de um ano, cerca de dez produtores de Cunha implantaram pomares com a tecnologia, mas a intenção é expandir para mais propriedades. As mudas desses primeiros plantios foram produzidas pela CATI com matrizes da própria região a partir de um treinamento realizado pelo pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas. “Nossa intenção é disseminar a tecnologia, por isso a formação de multiplicadores é fundamental”, avalia o pesquisador. “E o uso de matrizes locais é importante para a conservação genética da espécie”, explica.

O produtor Iberê Ferreira Camargo é um dos que já plantou mudas de araucária com produção precoce de pinhão e participou da visita. “Acredito que essa visita foi de extrema importância para todos do grupo pois pudemos observar os campos de pesquisas e a diversidade de ensaios realizados. Tudo isso nos trouxe  segurança em dar continuidade com nossos pequenos projetos de plantação de bosques de Araucárias, pois ficamos sabendo de onde saem as informações que chegam até nós, e que já foram testadas por profissionais dedicados a esse tema. O que nos ‘saltou aos olhos’ foi a variedade de ensaios realizados com a enxertia das araucárias, enxertia em plantas de vários tamanhos, tipos de enxertia (galho e tronco...)”.

Já a produtora Ivanir Alves da Silva Teixeira conta que “o que mais chamou atenção é o fato da araucária poder produzir em menos tempo. Vamos iniciar com poucos pés, ver o resultado, para nossos familiares darem continuidade”.

 

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