20/05/24 |

Pesquisas com trigo tropical brasileiro são apresentadas a grupo do G20

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Divulgação - Desafios da triticultura tropical foram apresentados no encontro

Desafios da triticultura tropical foram apresentados no encontro

Na semana de 15 a 17 de maio, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento da triticultura tropical foram apresentados ao grupo de lideranças no G20-MACS (Meeting of Agricultural Chief Scientists), que aconteceu em Brasília, DF. Os resultados que estão levando à expansão do trigo tropical no Brasil foram apresentados através de palestras técnicas e experimentos a campo conduzidos pela Embrapa Cerrados e Embrapa Trigo.

O G20 é composto por 19 países que representam 2/3 da população mundial (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial e mais de 75% do comércio mundial.

O Brasil está na presidência do G20 em 2024. Uma diversificada programação está distribuída em 16 cidades brasileiras, que irão receber reuniões técnicas e ministeriais do fórum das maiores economias do mundo. Entre os dias 15 a 17 de maio, a Embrapa foi organizadora do G20-MACS (Meeting of Agricultural Chief Scientists), encontro anual das presidências das organizações de pesquisa agropecuária ligadas aos Ministérios da Agricultura ou similares, dos países do G20, para discussões em pesquisa e desenvolvimento da agricultura, para dar visibilidade global para questões de segurança alimentar e promover ações conjuntas internacionalmente.

Durante o G20-MACS, um dos destaques na sessão “Ciência e Agricultura” foi o trabalho de tropicalização do trigo, cultura típica de clima temperado que foi adaptada pela pesquisa para cultivo no ambiente tropical do Brasil Central. Conforme o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Trigo, Giovani Faé, nas últimas décadas o Cerrado do Centro-oeste brasileiro se transformou na nova fronteira agrícola do País, tornando-se uma das maiores regiões produtoras de grãos no mundo. Os trabalhos das instituições de pesquisa visando à tropicalização do trigo na região foram intensificados na década de 1980, com o desenvolvimento de cultivares e sistemas de produção que permitiram a indicação de cultivo do cereal no ambiente quente e seco do Cerrado. A geração de tecnologias e a transferência de conhecimentos garantiram o crescimento de 110% na área e de 131,5% na produção de trigo tropical nos últimos seis anos.

De acordo com Faé, a pesquisa agropecuária trabalha em busca de um mundo justo e um planeta sustentável, visando erradicação da pobreza, fome e desigualdade e o trigo é parte fundamental na busca desse objetivo, já que o trigo responde por 19% das calorias consumidas pelos seres humanos. “Um dos temas que mais chamam a atenção da comunidade científica internacional neste momento é a adaptação da produção de alimentos às mudanças climáticas. Na Embrapa estamos trabalhando com foco em tecnologias e sistemas de produção mais resilientes, como é o caso da tropicalização do trigo, cultura de clima frio que foi adaptada ao ambiente tropical do Cerrado, resultando em grãos de qualidade internacional. Um exemplo de sucesso, é a cultivar de trigo de sequeiro BRS 404, com plantas capazes de suportar melhor situações de estresse hídrico”, conta Giovani Faé.

Joseani M. Antunes (MTb 9693/RS)
Embrapa Trigo

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