23/05/24 |

Livro evidencia riqueza botânica da Serra dos Martírios/Andorinhas

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Foto: Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)

Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio) -

A Embrapa Amazônia Oriental é uma das instituições que assina o livro “Árvores, Arbustos, Cipós e Palmeiras do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas”, publicação escrita em parceria com o Ideflor-Bio e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Um registro da importância da conservação dos ecossistemas naturais hoje e para as futuras, a obra foi lançada nessa quarta-feira (22), em Belém (PA), data na qual se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade.

O exemplar versa sobre a biodiversidade do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral localizada no município de São Geraldo do Araguaia, na região sudeste paraense. Segundo o Ideflor-Bio, uma das instituições autoras, a UC foi criada em 1996 e abrange uma área de 24.897 hectares, a qual atrai pesquisadores e cientistas de diversas instituições dada a conservação de sua rica biodiversidade e importância histórica.

De acordo com a publicação, a região já foi ocupada por populações ameríndias e guarda vestígios arqueológicos, além de paisagens únicas. Desde a década de 1980, equipes de instituições como Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e da Universidade Federal do Pará (UFPA), têm se dedicado a estudar a flora e fauna do Parque e da Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia, revelando a complexidade e a importância desses ecossistemas para a ciência e a preservação ambiental.

Participam da obra os analistas Sebastião Ribeiro Xavier Júnior e Helena Joseane Rayol Souza, ambos do Laboratório de Botânica da Embrapa Amazônia Oriental. Para Sebasitão Júnior, que é mestre em ensino de ciências ambientais, o livro integra uma vertente crescente de inúmeros trabalhos e pesquisas relacionados à biodiversidade. O cientista citou entre elas a bioculturalidade presente na publicação, a qual chamou de simbologia das plantas, uma dentre as facetas da diversidade biocultural que abrande à diversidade de vida em todas as suas manifestações (biológica, cultural e linguística).

Sebastião Júnior enfatizou a importância em frisar que o movimento que possibilitou o lançamento desse livro, também integra parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente o de número 17, que trata sobre parcerias e meios de implementação. “Na Amazônia, sem as parcerias, você não consegue fazer pesquisa científica em profundidade”, destacou.

Foto: Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio) 

Sebastião Júnior, da Embrapa (ao centro), com os demais autores da publicação e o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Lançamento

O auditório do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” foi escolhido como local para o lançamento da obra “Árvores, Arbustos, Cipós e Palmeiras do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas”, na noite dessa quarta-feira (22). Localizado em uma das maiores áreas verdes da Região Metropolitana de Belém, é uma Unidade de Conservação Estadual criada com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica.

Um dos anfitriões da noite de lançamento, o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, afirmou que a obra literária representa um marco na divulgação e no conhecimento da biodiversidade da região paraense. “Com a contribuição de renomados pesquisadores, a obra promete ser uma fonte valiosa de informações para estudiosos, ambientalistas e apaixonados pela natureza, reafirmando a importância da conservação dos ecossistemas naturais para as futuras gerações”, enfatizou o gestor.

Parque do Utinga - Curiosidade

Possuindo uma área territorial de 1.393,088 hectares (13,93 Km²), a Unidade de Conservação contém uma biodiversidade extensa com florestas de terra firme, floresta secundária e igapó ao redor de seus grandes mananciais. Parte considerável desta riqueza natural integra a área física da Embrapa Amazônia Oriental e presta importantes serviços ambientais não só a capital paraense, como a toda região metropolitana de Belém.

O local é aberto à visitação pública compartilhando sua grande relevância ecológica e de beleza cênica, e ainda visa estimular a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, incluindo o turismo ecológico.

 

Com informações de Vinicíus Leal/ Ascom Idelfor-Bio

 

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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