01/06/03

Reunião discute ações para o controle da praga do coqueiro

Os pesquisadores Joana Maria Santos Ferreira e Miguel Michereff Filho, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju,SE), participaram, no mês de maio, em Moju, PA, de reunião técnica para discutir os trabalhos de pesquisa que serão conduzidos naquele local, em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental e a Socôco.

As ações que serão implantadas em Moju integram o projeto coordenado pelo pesquisador Miguel Michereff, como parte de suas atividades ligadas à Rede de Pesquisa em Sanidade Vegetal, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, através do Macroprograma I. O trabalho visa o controle do ácaro Aceria guerreronis, uma das mais importantes pragas do coqueiro que causa prejuízos significativos à produção na maior parte dos países produtores de coco das Américas do Sul e Central, Antilhas e África, ameaçando, em alguns lugares, mais de 90% das plantações.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros vem realizando pesquisas para desenvolver o manejo integrado dessa praga, através da reorientação do controle químico e registro de produtos para a cultura junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o uso de controle microbiano do ácaro com o fungo Hirsutella thompsonii e a adoção de medidas culturais, envolvendo a limpeza das plantas e a adubação química equilibrada do coqueiral.

Segundo Miguel, o controle químico, com acaricidas-inseticidas sintéticos, constitui a principal forma de combate à praga, e tem apresentado eficiência muito limitada, porque os ácaros encontram-se bem protegidos embaixo das brácteas dos frutos. "No Brasil, ainda não existem acaricidas registrados para a cultura do coqueiro, embora, em algumas regiões produtoras, os coqueiros são freqüentemente pulverizados", acrescenta.

Outro fator importante ressaltado pelo pesquisador é o manejo inadequado destes produtos químicos, de amplo espectro de ação. Ele diz que esse uso inadequado tem aumentado o número de aplicações e o custo de produção sem o controle efetivo da praga, podendo acarretar ainda sérios problemas como aumento da infestação do ácaro ou surtos de novas pragas devido à eliminação de seus inimigos naturais, surgimento de resistência aos acaricidas rotineiramente utilizados, intoxicações dos operários e animais, danos ambientais e risco à saúde dos consumidores, além de inviabilizar a exportação dessa comoditie devido aos resíduos tóxicos na água de coco.

É relevante lembrar que importadores potenciais deste produto como os Estados Unidos, a Comunidade Européia e o Canadá exigem alimentos saudáveis e consequentemente a redução, cada vez maior, de resíduos químicos nos alimentos.

Sayonara Marinho - MTb-SE 895 Embrapa Tabuleiros Costeiros Fone: 2261300 ramal 1361  

Tema: Produtos Agropecuários\Matérias Primas\Coco 

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