Mais de mil e quinhentos participantes de 47 países, 200 especialistas vinculados ao agronegócio estiveram acompanhando em Foz do Iguaçu (PR), os três principais eventos da sojicultura mundial: a VII Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, a IV Conferência Internacional de Processamento e Utilização de Soja e o III Congresso Brasileiro de Soja, promovidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os eventos foram realizados pela primeira vez simultaneamente no Brasil. As discussões técnico-científicas promoveram trocas de conhecimentos e de experiências. Os debates foram divididos em 7 sessões plenárias, 31 simpósios e 130 palestras. Ao todo, foram apresentados 700 trabalhos científicos abordando os mais diversos aspectos do complexo soja.

Segundo o presidente da Comissão Organizadora dos três eventos, Flávio Moscardi, a idéia inicial era montar uma programação que atendesse às necessidades tanto da cadeia produtiva da soja do Brasil quanto as prioridades e interesses dos demais países presentes. "Sempre tivemos em mente que estávamos 'emprestando' um pedaço do nosso país para sediar um megaevento e nos orgulhamos disso. Para Embrapa, foi uma oportunidade para manter e ampliar sua visibilidade na comunidade científica internacional. A nossa expectiva é gerar ainda mais opções de cooperação técnico-científica", afirma.

Moscardi diz que a realização destes eventos no Brasil deve-se principalmente pela posição de destaque que o País ocupa no complexo mundial de soja, já que é o segundo maior produtor e o primeiro exportador. "Vale enfatizar que por ser a Embrapa referência em pesquisa agropecuária e seus pesquisadores reconhecidos no meio científico, isso facilitou o nosso trabalho de organizadores. A participação de pesquisadores da Embrapa Soja no Laboratório Virtual da Embrapa (Labex-EUA) também foi primordial para trazermos tantos nomes de relevância", enfatiza Moscardi.

Grandes temas como manejo sustentável dos sistemas de produção de soja; fatores sócio-econômicos; inovações em biotecnologia, produção para processamento e utilização de soja, novos processos e utilização para alimentos, potencial terapêutico da soja e inovações do uso não-alimentar da soja.

Os produtores de soja tiveram uma programação específica que debateu o potencial de expansão de área e de produtividade; a competitividade no mercado mundial; aspectos da soja orgânica, desafios no controle da ferrugem da soja, o modelo de parcerias da Embrapa Soja para o desenvolvimento de cultivares, a produção de sementes e sistemas de produção sustentáveis.

"A realização simultânea deste megaevento proporcionou a oportunidade de tratar das tecnologias de produção e também de processamento e utilização da soja, ampliando a visão sobre o trabalho conduzido por cada segmento do setor. Isso vai beneficiar toda a sociedade", afirma Moscardi.

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