As perdas na próxima safra agrícola de verão deverão ser ainda menores para o produtor da região Centro-Sul com a inclusão das informações sobre o solo no zoneamento de risco climático, como orientador para plantio das culturas de trigo, arroz, soja, milho e feijão. A previsão é de José Roberto Peres, Diretor-Executivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

Peres disse que em 1997 o governo deu um diferencial no financiamento para quem usasse calcário e plantio direto. A intenção é cada vez mais o produtor utilizar a tecnologia disponível de maneira a ter maior retorno financeiro.

Atualmente o produtor conta com o zoneamento agroclimático para as culturas de soja, trigo, feijão, arroz, milho e algodão. Segundo o Serviço de Monitoramento do Proagro do Ministério da Agricultura, o zoneamento reduziu a zero as perdas pelas causas amparadas no programa de seguro agrícola coberto pelo governo, na safra de trigo de 1997. Outro dado relevante é que o Proagro, que tinha um déficit de 150 milhões de reais, efetuou apenas um pagamento de 300 mil reais para as culturas de arroz, feijão, milho, e soja na safra de verão 96/97.

No que diz respeito a produtividade colheu-se 1,5 milhão de toneladas de trigo em 1995, e em 1996, um ano após a implementação do zoneamento agrícola, a produtividade foi de 3 milhões de toneladas, esperando-se para o Paraná uma produtividade superior a passada, e no Rio Grande do Sul, mesmo com os problemas ocasionados pelo El Nino, uma produtividade cerca de 15 a 20% superior a de 96.

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