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14/01/10 |   Transferência de Tecnologia

ProSavanas contará com tecnologias da Embrapa Hortaliças

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Discutir e formular estratégias da participação da Embrapa Hortaliças no Programa de Cooperação para o Desenvolvimento Agrícola das Savanas Tropicais de Moçambique – ProSavana foi o objetivo da visita do consultor da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Hongo Yutaka, na última quarta-feira (13/01). Acompanhado do coordenador do escritório da JICA em Moçambique, Shukunobe Masami, e do diretor da JICA para o sudeste africano, Kumagai Masato, o representante da agência japonesa discorreu sobre o ProSavana, e conheceu as tecnologias desenvolvidas pela Unidade e que poderão ser implantadas em Moçambique 
 
A iniciativa faz parte da reestruturação da JICA, que inclui a abertura de novas frentes de cooperação técnica internacional. Essa nova área de competência da agência foi detalhada durante visita à Embrapa Hortaliças, em fevereiro de 2009, quando foi discutido o papel da Unidade nos acordos de cooperação na África, ora em processo de estudo e avaliação. Na ocasião, o diretor Kasuaki Komasawa apontou a Unidade como um dos principais parceiros para a consolidação do projeto. E nesse último encontro a parceria recebeu contornos mais definidos, conforme avalia Hongo Yutaka. 
 
Tendo como um dos grandes desafios transformar o modus operandi dos produtores moçambicanos, hoje voltados para a agricultura de subsistência, o programa prevê ações visando a produção em larga escala na região conhecida como "Corredor de Nacala", um dos maiores pólos de produção agrícola da África. Conforme Yutaka, a presença da Embrapa Hortaliças no programa representa uma "enorme contribuição para as necessidades daquela região". "A produção é realizada de modo artesanal, sem qualquer tecnologia, nem pessoal capacitado, e pelos estudos realizados verificamos que a produção de hortaliças inclui-se entre as estratégias consideradas de fundamental importância no tocante à transformação do modelo agrícola existente", considerou o consultor. 
 
Uma planta de processamento de hortaliças foi a proposta apresentada aos consultores pelo pesquisador e chefe-geral da Unidade, Celso Moretti. Segundo ele, o uso dessas tecnologias irá demandar o processo de capacitação de produtores, agroindústrias, e cooperativas que vierem a ser formadas, com vistas a agregar valor aos produtos. "O objetivo foi mostrar a possibilidade de agregação de valor que existe no processamento e, por tabela, gerar emprego e renda", acentuou Moretti. 
 
A mensagem parece ter sido bem absorvida pelo consultor da JICA, que mostrou-se especialmente interessado na produção e processamento de hortaliças como abóbora e cenoura, com vistas ao consumo em forma de polpa e sopas. "A grande vantagem é que com a estrutura de comercialização que está prevista no programa aumentam as possibilidades de exportação", observa Yutaka. Para o consultor, a Embrapa como centro de excelência em agricultura tropical aliada à experiência de cooperação internacional da JICA farão a diferença na produção agrícola não apenas da região como de países vizinhos. 
 
O Corredor de Nacala, na sua concepção e objetivos, conta com a participação de três países – Zâmbia, Malawi e Moçambique-, e o objetivo comum é o de facilitar o desenvolvimento socioeconômico através da utilização conjunta da infra-estrutura ao longo de sua extensão. 
 
O Programa de Cooperação para o Desenvolvimento Agrícola das Savanas Tropicais será executado no âmbito da Cooperação Triangular Japão, Brasil e Moçambique. As experiências e os conhecimentos adquiridos em vinte anos de parceria Brasil-Japão para o desenvolvimento dos cerrados serão aplicados em Moçambique para a melhoria da produtividade agrícola das savanas tropicais.
 

Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

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