Projetos

Análise dos sistemas de produção do feijoeiro comum por meio de modelo de simulação de cultura

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

O feijoeiro comum, no estado de Goiás, é produzido em três épocas, denominadas época das águas, das secas e de inverno, que representam diferentes condições ambientais, considerando-se clima, solo, cultivares e nível tecnológico empregado. A época das águas é caracterizada pela alta precipitação, médio uso de insumos, segunda maior área plantada e a maior concentração de produtores. A produtividade média é de 1756 kg ha-1, porém apresenta alta variabilidade espacial. Essa variabilidade espacial provavelmente está relacionada à distribuição da precipitação na região de produção. A época das secas é caracterizada pela cultura ter parte do seu desenvolvimento no termino das precipitações e apresenta as menores produtividades. Isso é devido ao risco decorrente da variabilidade climática, ou seja, da distribuição irregular da precipitação pluvial nos meses de fevereiro, março e abril. A época de inverno é caracterizada pela necessidade de irrigação e a menor concentração de produtores. Nessa época se obtém as maiores produtividades, principalmente devido ao alto nível tecnológico adotado pelos produtores. Devido à variabilidade pedoclimática que ocorre nas três épocas de produção, existe a necessidade de uma melhor quantificação dos riscos climáticos existentes, como também analisar estratégias de irrigação para minimizar o consumo de água, com a finalidade de fornecer um melhor suporte ao programa de melhoramento do feijoeiro comum e à sua cadeia produtiva, para lidar com a variabilidade climática e também adaptar-se as prováveis mudanças climáticas. Para a quantificação dos riscos climáticos será utilizado o modelo de simulação do desenvolvimento, crescimento e produtividade do feijoeiro comum CSM-CROPGRO-drybean. Modelo de simulação é considerado função dinâmica do sistema solo-planta-atmosfera e integra o conhecimento dos processos biofísicos que regem o sistema solo-água-planta, permitindo identificar e avaliar as incertezas na produção, associadas às diferentes opções de manejo. Também, é uma excelente ferramenta para avaliar estratégias de ação, pois integram a variabilidade climática utilizando séries de dados climáticos históricos. Assim, o objetivo geral dessa proposta é identificar a interação genótipo ambiente que ocorre nas três épocas de produção, por meio da simulação computacional (“in silico”), para aumentar a eficiência da produção do feijoeiro comum no Estado de Goiás. Os objetivos específicos são parametrizar e validar o modelo CSM-CROPGRO-Drybean, quantificar os riscos climáticos relacionados à deficiência hídrica existentes na região produtora do feijoeiro comum na época das águas e na época das seca e seus impactos na produtividade, determinar a lâmina mínima de irrigação requerida para reduzir o risco de quebra de safra nas diferentes datas de semeadura que compõem a época das secas na região produtora, determinar a demanda hídrica do feijoeiro comum nas diferentes datas de semeadura (maio a julho) na época de inverno e na antecipação da semeadura (março a abril) e determinar a eficiência do uso da água nas diferentes datas de semeadura (maio a julho) e antecipação da semeadura (março a abril) na época de inverno. Os resultados esperados serão a parametrização e validação do modelo CSM-CROPGRO e quantificação dos riscos climáticos relacionados a deficiência hídrica na época das águas e da seca. As maiores inovações que essa proposta apresenta são a utilização de modelo de simulação de crescimento do feijoeiro comum como suporte às decisões para incrementar a sustentabilidade da produção do feijoeiro comum no estado de Goiás e uma melhor compreensão das interações ambiente x genótipo que ocorrem no sistema de produção do feijoeiro comum.

Ecossistema: Região dos Cerrados

Situação: concluído Data de Início: Tue Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2013 Data de Finalização: Thu Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2015

Unidade Lider: Embrapa Arroz e Feijão

Líder de projeto: Alexandre Bryan Heinemann

Contato: alexandre.heinemann@embrapa.br