Empregada na área agrícola há mais de 50 anos, a ressonância magnética dos tempos atuais é cerca de dez vezes mais barata do que as usadas em medicina e laboratório. Isso tem permitido a análise de alimentos frescos, como frutas e carnes, além de produtos industrializados, revelando problemas, tais como o teor de gordura ou o excesso de água na composição. São aplicações como estas que serão apresentadas no maior evento e exposição anual do mundo sobre ciência de laboratório, a Conferência de Pittsburgh em Química Analítica e Espectroscopia Aplicada (Pitticon, sigla em inglês), que em 2014 reuniu 16 mil participantes. Este ano, o evento será realizado em New Orleans, em Luisiana (EUA), entre 8 e 12 de março, e estima um público de 18 mil pessoO Pitticon atrai a atenção de indústrias, academias e governos em mais de 90 países ao redor do mundo. Na programação do evento estão mais de duas mil sessões técnicas. O pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Luiz Alberto Colnago, vai apresentar os resultados com as aplicações de ressonância magnética em alimentos sobre análises químicas no agronegócio, no painel destinado ao Brasil, marcado para ocorrer dia 11. Colnago tem formação em bioquímica, dois pós-doutorados realizados na Universidade da Pensilvânia (EUA) e tem estudado o tema há mais de 30 anos com a proposta de conferir veracidade à informação que está descrita nos rótulos das embalagens. De acordo com ele, o maior desafio no momento é desenvolver pequenos equipamentos, de baixo custo, que possam estar disponíveis nos supermercados para que os próprios consumidores tenham condições de realizar a análise da composição dos produtos na hora e no próprio local da compra.