28/08/17 |   ILPF  Agricultura de Baixo Carbono

Dia de campo divulga tecnologias para aumentar área com ILPF na Paraíba

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Foto: Sérgio Cobel

Sérgio Cobel - A partir do próximo ano, a tecnologias de ILPF mais indicadas para o Agreste paraibano deverão ser levados aos agricultores pela Emater e Emepa, numa parceria com a Embrapa

A partir do próximo ano, a tecnologias de ILPF mais indicadas para o Agreste paraibano deverão ser levados aos agricultores pela Emater e Emepa, numa parceria com a Embrapa

Os resultados obtidos com as pesquisas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) nas condições do Agreste da Paraíba foram apresentados em dia de campo na última sexta-feira (25), na Estação da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária – Emepa, em Alagoinha (PB), com a participação de pesquisadores, extensionistas rurais, estudantes, produtores e autoridades do setor.

Segundo dados do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), a Paraíba é o estado brasileiro mais afetado pela desertificação - processo de degradação ambiental que torna as terras inférteis e improdutivas – com 93,7% do território em processo de desertificação. O objetivo do evento foi divulgar tecnologias que podem contribuir para reverter esse quadro.

O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, pesquisador João Henrique Zonta, afirma que os experimentos que estão sendo realizados nessa e em outras áreas no Estado visam obter resultados para ampliar a área de Integração Lavoura Pecuária e Sistema Plantio Direto no estado da Paraíba. “O Plano ABC Paraíba tem como metas o plantio de mil hectares no estado com Integração Lavoura-Pecuária e cinco mil hectares com áreas de Sistema Plantio Direto. A partir dos resultados obtidos com esses experimentos nós podemos pode fazer as indicações para os produtores introduzirem essas práticas no estado e com isso atingir as metas estabelecidas no Plano ABC”, destacou.

De acordo com o coordenador do nacional do Plano ABC, Elvison Ramos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a troca de conhecimento entre os atores locais “é primordial para que se evolua nesse desafio de promover uma agricultura de baixa emissão de carbono”. “O benefício final desse esforço é saber que vocês aumentaram o conhecimento em torno de uma produção sustentável”, declarou.

O secretário do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Rômulo Montenegro, destacou a importância desta iniciativa para a melhoria do desempenho da pecuária e da agricultura da Paraíba. “Nós temos um passivo ambiental muito grande porque nossa topografia é muito íngreme. Essas áreas que serão recuperadas vão contribuir muito para mudar essa realidade e o Plano ABC dará uma grande contribuição para recuperar as áreas degradadas”, afirmou.

Estações

Nas cinco estações instaladas no dia de campo, os participantes tomaram conhecimento acerca dos resultados das estratégias para as diferentes regiões, como aptidão agrícola dos solos onde pode ser implantado o ILPF, recomendações de adubação, sistema de plantio direto, culturas de cobertura da terra, aproveitamento da água da chuva e melhoria do solo e o manejo da fertilidade do solo e desenvolvimento de raízes. Foram abordados ainda temas como alimentação animal, mecanização adaptada a sistemas integrados ILPF.

Plano ABC na Paraíba

Na Paraíba, o Plano ABC Estadual é composto de sete programas que se completam: recuperação de pastagem degradada, a integração lavoura-pecuária-floresta e o sistema agroflorestal, o sistema de plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas, tratamento de dejetos animais e adaptação às mudanças climáticas.

Desde julho de 2015, o projeto vem sendo conduzido em duas Estações Experimentais da Emepa localizadas em Alagoinha e Umbuzeiro, como parte do Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC, numa parceria da Embrapa com Emepa, por meio da Gestão Unificada, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap). O projeto de pesquisa integra à Chamada Pública 11/2013-Macroprograma 4 em Rede no Nordeste, que consiste no sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta.

A área utilizada em Alagoinha é de 1,8 hectares, onde são trabalhadas as pastagens, florestas e produção agrícola: as lavouras de milho e feijão macassar, junto com espécies florestais como sabiá, eucalipto e gliricídia e a brachiaria. A partir do próximo ano, a tecnologias de ILPF mais indicadas para o Agreste paraibano deverão ser levados aos agricultores pela Emater e Emepa, numa parceria com a Embrapa.

 

Secom/PB

Edna Santos (MTb 01700/CE)
Embrapa Algodão

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