14/02/20 |   Biodiversidade  Gestão Estratégica  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Segurança alimentar, nutrição e saúde  Transferência de Tecnologia

Embrapa Alimentos e Territórios consolida agenda de ações

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Foto: Dalmo Oliveira

Dalmo Oliveira - Detalhe do escritório da Unidade no Centro de Maceió

Detalhe do escritório da Unidade no Centro de Maceió

Unidade inicia 2020 consolidando ações de pesquisa, transferência de tecnologia e ampliando quadro de pessoal

Associar ciência e biodiversidade, ampliar o uso e organizar informações sobres produtos alimentares diferenciados (PADs) na alimentação e na gastronomia brasileira, incentivar o turismo sustentável nos territórios, valorizando o patrimônio alimentar brasileiro e as novas demandas do consumidor. Esses são objetivos da Embrapa Alimentos e Territórios que completa um ano e avança em sua consolidação. Desde outubro, a Unidade passou a ocupar espaço próprio, em um prédio cedido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas (Seagri), no centro de Maceió, com área disponível para novos empregados e equipamentos.

Além da parceria com o Estado de Alagoas, outro convênio, assinado com o Sebrae, caminha para o segundo ano de execução. A partir de parcerias firmadas com os escritórios do Sebrae de Alagoas, Sergipe e Pernambuco, foram realizados os primeiros estudos técnicos para o mapeamento de PADs típicos dos três estados. Esse é um projeto-piloto para a realização de ações de identificação, catalogação, organização, bem como a elaboração de mapa de produção e consumo, com informações qualificadas e geoespacializadas sobre a origem de alimentos elaborados em diferentes territórios desses estados. 

O próximo passo é a constituição de um banco de dados georreferenciados sobre a localização dos PADs e a conexão com o consumo local e com os diversos arranjos da gastronomia tradicional, além de sua potencial inserção em polos de turismo. Mais do que promover conexões, a Unidade vai realizar pesquisas e gerar soluções tecnológicas que promovam e agreguem valor aos alimentos brasileiros, e que contribuam para o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o consumidor será o protagonista.

PADs são produtos agrícolas in natura ou processados, não convencionais com qualidade diferenciada, detentores ou não de selos de qualidade, que poderão vir a compor nichos de mercado, ser incluídos em circuitos gastronômicos ou em rotas de turismo sustentável. De acordo com o convênio assinado com o Sebrae, a Embrapa Alimentos e Territórios terá papel fundamental no processo de aproximação entre as comunidades e os mercados diferenciados. 

“As pessoas hoje têm muito interesse em consumir alimentos produzidos nas comunidades e isso é uma tendência que está acontecendo no Brasil, são os chamados alimentos territoriais, artesanais, típicos, que ganham cada vez mais valoração no mercado, especialmente quando relacionados com os circuitos gastronômicos da agrobiodiversidade. Quando o turista viaja, por exemplo, ele quer comer o alimento da região, do território. Por isso, é também uma forma de viabilizar a inclusão produtiva a partir dos trabalhos desenvolvidos nas comunidades com os alimentos típicos”, esclarece o chefe-geral da Unidade, João Flávio Veloso.

A busca por produtos alimentares diferenciados, típicos e locais, tem se acentuado em todas as regiões brasileiras, abrindo, gradativamente, novas oportunidades no mercado de alimentos. É também uma oportunidade de aproximação entre produtores e consumidores de alimentos. Os consumidores buscam, além das belezas geográficas, a cultura e a culinária regional. “Um movimento que ocorre há mais tempo em outros países”, complementa Veloso. 

Os produtos peruanos, por exemplo, tornaram-se famosos no mundo inteiro, como a quinoa, considerada o “grão de ouro” dos peruanos, um alimento ancestral, da época pré-hispânica. A culinária do País, reconhecida internacionalmente, associa pratos sofisticados com produtos naturais e milenares, promovendo um verdadeiro encontro entre a tradição e a inovação. Há cidades, inclusive, que a gastronomia gira em torno de uma única iguaria. No Equador, a festa das sementes, chamada de Muyu Rayami, internacionalmente reconhecida, associa agricultura, gastronomia e cultura, misturando danças, artes e alimentos e conta com o apoio da FAO e dos governos nacional e local. 

Na Europa, em países como França, Itália, Grécia e Espanha, é comum festivais gastronômicos com seminários técnicos e ações para promoção desses produtos. Japão e México também estão nos roteiros gastronômicos mundiais.

Inventário dos produtos alimentares diferenciados

A partir da parceria entre a Embrapa Alimentos e Territórios e o Sebrae espera-se que sejam mapeados alimentos elaborados de forma artesanal por comunidades de Alagoas, Pernambuco e Sergipe. São diversos tipos de queijos, doces, biscoitos, bolos, carne de jaca, cachaça orgânica, cerveja artesanal, pães especiais, bem como frutas diversas típicas da região Nordeste.

O Sebrae também realizou diagnósticos com a identificação de municípios nordestinos com elevado potencial de receberem selos distintivos de qualidade e origem, assim como já acontece com o vinho do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; os queijos da Serra da Canastra e do Serro e os cafés da Serra da Mantiqueira e da região do Cerrado em Minas Gerais e outros produtos brasileiros que tornaram-se conhecidos mundialmente a partir de selos de indicação de procedência. Uma reunião realizada recentemente entre executivos das duas instituições definiu mais detalhadamente as ações para 2020. (Veja os detalhes abaixo)

“As indicações geográficas são instrumentos de propriedade intelectual que permeiam patrimônios, culturas, saberes, tradições. É política pública antiga na Europa, ainda recente no Brasil. É como uma região se torna conhecida pela produção de um alimento. Atualmente, o país possui 73 indicações geográficas registradas, entre produtos alimentares, bebidas, artesanatos e serviços. As chamadas IGs permitem melhorar o valor agregado do produto, organizar uma cadeia produtiva e beneficiar toda uma região. No Brasil, é preciso ampliar a divulgação do que já existe e esse é um dos papéis da pesquisa, trazer informações, dados, elementos históricos que ajudem a caracterizar os produtos que possuem reputação”, explica Claire Cerdan, pesquisadora do Centro de Pesquisa Agrícola Francês para o Desenvolvimento Internacional (Cirad, na sigla em francês).

Cerdan, cujo organismo fomenta desenvolvimento sustentável das regiões tropicais e mediterrâneas, destaca a importância de associar o tema IG à gastronomia sustentável. “Em parceria com outros centros de pesquisa, a nova Unidade da Embrapa terá também essa missão. Valorizar as IGs é contribuir para as economias locais”, ressalta.

Durante um workshop que tratou sobre “Reconhecimento de Indicações Geográficas Brasileiras na União Europeia”, evento realizado pelo Ministério da Agricultura (MAPA), em junho do ano passado, no âmbito dos chamados Diálogos Setoriais, o secretário de Inovação e Desenvolvimento Rural, Fernando Camargo, ressaltou que as IGs são uma das prioridades de sua pasta.

“Não posso vislumbrar quem seja contra essa temática”, ressaltou Camargo, observando que outras medidas serão tomadas para beneficiar as Indicações Geográficas, como a criação do “Selo-Arte”. O “Selo Arte” possibilitará aos produtores de alimentos artesanais vender seus produtos em qualquer região do país, além de promover a agregação de valor. 

Saiba mais sobre o lançamento do “Selo Arte” acessando aqui.

Parcerias nacionais e internacionais

O Cirad é um dos institutos parceiros da Embrapa Alimentos e Territórios, Unidade que tem no seu DNA uma atuação compartilhada com outras organizações, nacionais e internacionais, assim como já vem acontecendo com o governo do Estado de Alagoas, o Sebrae, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN), ministérios da Agricultura (MAPA), do Desenvolvimento Regional (MDR) e do Turismo, além de institutos associados à gastronomia que atuam com o resgate e a valorização dos produtos da biodiversidade brasileira.

A partir da parceria com o IPHAN, os novos pesquisadores da Unidade, que já atuavam nas temáticas em outros centros da Embrapa, buscarão fortalecer a pesquisa e as possíveis conexões entre os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) e os roteiros da sociobiodiversidade. É o caso do pesquisador João Roberto Correia, especialista em solos e nutrição de plantas, com doutorado em Patrimônio e Sistemas Agrícolas. Correia passa a atuar na Unidade e terá como uma das atribuições a execução do convênio com o IPHAN.

O IPHAN, além de trabalhar pelo reconhecimento dos sistemas agrícolas como bens culturais, de acordo com Hermano Fabrício Queiroz, diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial do órgão, busca parcerias com órgãos do governo federal, como a Embrapa, e também com organizações não-governamentais, para apoiar o desenvolvimento juntos às comunidades de roteiros de visitações, circuitos culturais e sistemas culinários tradicionais.

“A agrobiodiversidade tem uma dimensão produtiva, por meio da agricultura tradicional de indígenas, quilombolas e agricultores familiares. Os alimentos tradicionais, além de serem saudáveis, estão conectados com a luta contra a fome e a pobreza rural e a valorização de um território”, afirma Laure Emperaire, especialista em etnobotânica de outro instituto internacional que mantém parcerias com a Unidade, o IRD, na sigla em francês para Institute de Recherche pour le Development .

“Tem um gosto, um orgulho, um prazer de estar em um ambiente biodiverso. Há, por exemplo, no Brasil centenas de tipos de mandioca desenvolvidas por mulheres. E nesse contexto há uma força cultural que deve ser ressaltada. Não é apenas produzir”, exemplifica a pesquisadora francesa.

Patrícia Bustamante, especialista em genética e melhoramento, com pós-doutorado em Patrimônios Locais pelo IRD, é uma das pesquisadoras da Embrapa que passa a atuar na Unidade a partir de agora. Patrícia integra o comitê internacional da FAO (Globally Important Agricultural Heritage Systems – GIAHS) que atua na proteção dos sistemas agrícolas tradicionais, incluindo elementos relacionados à conservação da agrobiodiversidade, conhecimento tradicional, organização social e cultural e paisagens culturais.

"Nossa responsabilidade, enquanto comitê, é contribuir para dar visibilidade para a engenhosidade e resiliência desses sistemas agrícolas e promover a sua conservação dinâmica, levando em consideração os conhecimentos tradicionais, a organização social e a cultura local", explica.

Rotas de Integração Nacional

Atuar e apoiar a construção do Programa Rotas de Integração Nacional do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é outra frente de trabalho da Embrapa Alimentos e Territórios. Uma dessas rotas é o Mangue Digital, polo que está sendo organizado em Pernambuco, que busca conectar as tecnologias da informação e comunicação do estado com os produtores de inovação. Outra rota, localizada no Ceará, prevê a constituição do polo da fruticultura, que reunirá extrativistas do pequi, fruta nativa da Chapada do Araripe, região localizada ao sul do estado, além de produtores de outras frutas locais, como a seriguela, o murici, a mangaba, o araçá e o cambuí. No Estado de Alagoas, outro polo de fruticultura está em fase de organização, na região de Palmeira dos Índios. Os dois integrarão a Rota da Fruticultura e contam com a participação direta dos pesquisadores da Embrapa Alimentos e Territórios.

O pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Unidade, Ricardo Elesbão Alves, vem participando, junto com atores do MDR, dos processos de capacitação das entidades envolvidas na formação dos polos da fruticultura.

“No Brasil, são mais de 150 variedades de frutas, um tema tão em voga e associado ao consumidor. Os grandes chefes de cozinha hoje passaram a pautar a alimentação como um resgate da nossa culinária nacional, aqueles produtos que entraram em desuso porque as pessoas perderam o hábito de consumir, como a araruta, usada para produzir mingau e considerada um alimento importante para pessoas com doença celíaca”, diz Elesbão.

Saiba mais sobre as Rotas de Integração Nacional acessando aqui.

Megatendências

Estima-se que, até 2050, sete em cada dez pessoas viverão nas cidades. Segundo dados do Documento Visão 2030 da Embrapa, fatores com a urbanização crescente, o aumento da expectativa de vida, as novas relações de trabalho e rapidez no acesso à informação estão se traduzindo em consumidores mais exigentes e que demandarão alimentos mais diversificados e especializados. 

É justamente nesse contexto que os pequenos negócios terão grandes oportunidades pela frente. A mudança do mercado não vai ser somente a tecnologia, mas o consumidor que trará consigo novos hábitos de consumo, novas expectativas e desejos. Além da possibilidade de atender o mercado interno com alimentos diferenciados e gerar renda para pequenos e médios produtores, abrem-se também oportunidades de exportar produtos únicos, que simbolizam valores da cultura brasileira.

“A agregação de valor é muito importante para a agricultura brasileira. Com relação ao alimento, é importante agregar valor, informações e funcionalidades, porque o consumidor quer isso, ele quer comer algo com o qual se identifique, que seja bom para a sua saúde e que se relacione com o seu modo de vida. Existem vários estudos que identificam essa tendência. E a Embrapa percebeu isso”, destaca João Flávio Veloso.

Agenda de parcerias ampliada

Dirigentes executivos do SEBRAE-AL e da Embrapa Alimentos e Territórios decidiram ampliar a agenda conjunta de parcerias e ações coletivas das duas instituições em 2020. Uma reunião de trabalho para definir os detalhes foi realizada no último dia 5, na sede do órgão de fomento ao empreendedorismo, em Maceió. 

As cadeias produtivas do leite e produtos apícolas, a produção de horticultura em ambientes protegidos nas áreas adjacentes ao Canal do Sertão, o apoio às boleiras e aos processos de industrialização da mandioca, novas tecnologias e difusão de conhecimento para a fruticultura e o fomento à produção de alimentos da maricultura serão alguns dos pontos prioritários da atenção das instituições.

Para o novo diretor técnico do SEBRAE em Alagoas, Vinícius Lages, a continuidade do trabalho com a Embrapa significa uma possibilidade real de fortalecimento para os agronegócios da região. “A chegada dos pesquisadores a Maceió representa um ganho de sinergia com ampliação da disponibilidade significativa de capacidades humanas para o agro regional e nacional”, disse.

Horticultura em ambientes protegidos

O potencial de produção de hortaliças em cultivo protegido, no perímetro do Canal do Sertão, é uma das oportunidades que interessam a ambas instituições. João Flávio Veloso, chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, disse que o canal poderá criar oportunidades únicas para o desenvolvimento territorial do estado, em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que necessitam de apoio.

Para Flávia Teixeira, uma das pesquisadoras presentes à reunião, as cultivares de tomate, de alface e outras hortícolas já desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças, podem oferecer um diferencial interessante para os horticultores da região.

A Embrapa Alimentos e Territórios está finalizando uma nota técnica específica sobre as potencialidades do Canal do Sertão, para envio ao SEBRAE. O Superintendente do Sebrae, Marcos Vieira, que também acompanhou toda a reunião técnica, informou que este assunto é muito prioritário para Alagoas, e que a instituição deverá participar de diversas iniciativas de apoio às atividades agrícolas que poderão ser desenvolvidas no entorno do canal.

Leite e derivados

A reunião se debruçou ainda de maneira mais aprofundada sobre a cadeia produtiva do leite. “Dois aspectos chamam mais a nossa atenção nesse ponto: os possíveis impactos potenciais do Selo Arte e a necessidade de melhorarmos a qualidade do queijo artesanal em Alagoas”, comentou Ricardo Elesbão Alves, que coordena a pasta de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Unidade da estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos (Mapa). 

A bacia da bovinocultura de leite alagoana também está no radar do programa AgroNordeste, que o MAPA implantou recentemente no estado. João Flávio informou que outras unidades da Embrapa possuem expertise consolidada nessa área e que a pesquisadora Elizabeth Nogueira, da Embrapa Gado de Leite, esteve toda a semana passada em Maceió colaborando na elaboração de projetos que visam oferecer capacitação aos pequenos e médios laticínios da região para obtenção do Selo Arte. 

“Há todo um campo a ser explorado na produção, por exemplo, de derivados que forem fabricados a partir do leite do rebanho local”, ressalta Veloso. Segundo Beth Nogueria, a alta qualidade genética dos animais, que foi sendo aprimorada ao longo dos últimos anos, coloca Alagoas num patamar diferenciado aos demais estados do Nordeste, quando o quesito é o plantel bovino. 

A reunião discutiu ainda os impactos positivos da instalação de uma grande empresa de produtos lácteos em União dos Palmares, com uma capacidade inicial para processar 20 mil litros de leite por hora. 

Abelhas

Outro tópico discutido pelos órgãos parceiros foi a apicultura. A Embrapa Alimentos e Territórios deve entregar ao SEBRAE nas próximas semanas uma nota técnica sobre o estado d’arte da produção de mel, de própolis e do pólen, com destaque para o potencial de mercado da própolis vermelha. 

Segundo os dirigentes do SEBRAE-AL, há uma demanda latente, já identificada, para o fomento de pesquisas relativas ao pasto apícola. “O SEBRAE deve atuar ainda mais fortemente na articulação de sinergias comuns entre atores dessa cadeia. Também é preciso desenvolver um trabalho de governança nesse meio”, destacou o diretor-superintendente do Sebrae em Alagoas, Marcos Vieira. Ele disse que, com a chegada de novas empresas. a capacidade de processamento instalada em Alagoas será muito grande.

Fruticultura

Há também um interesse comum para as questões da fruticultura nordestina. Na região polarizada por Santana do Mundau (AL), os fruticultores estão enfrentando problemas com a mosca negra. Segundo Ricardo Elesbão, que, além de pesquisador da Embrapa, é o atual presidente da Sociedade Interamericana para Horticultura Tropical, é preciso oferecer novas soluções tecnológicas para as empresas que produzem polpa de fruta, notadamente no tocante aos problemas de contaminação. “As empresas que operam com frutas regionais com produção sazonal enfrentam dificuldade para encontrar regularidade de matéria-prima. A cadeia da fruticultura precisa compreender que se faz necessário um esquema produtivo diferenciado praticamente para cada fruta”, disse. Visitas técnicas às regiões produtivas do entorno também deverão ser programadas por equipes das duas instituições.

Boleiras

Embrapa e Sebrae devem expandir parcerias ainda para atuarem junto às boleiras, a começar pelo grupo produtor da comunidade de Riacho Doce. “Temos interesse em discutir com a Prefeitura de Maceió questões relacionadas à ambiência das casas de farinha, para que possam ser inseridas em possíveis roteiros de turismo, oferecendo aos visitantes uma experiência in loco com a produção de derivados de mandioca”, disse Antônio Santiago,  pesquisador da Embrapa também participou da reunião. 

Ele informou que a Embrapa deverá ser demandada ainda para apoiar a implantação de uma indústria de fecularia e outros derivados da mandioca no município de Teotônio Vilela. “Em maio já devem ser iniciadas as compras de matéria-prima e a expectativa é de que eles possam atingir um processamento de até 20 toneladas ao dia”, informou Santiago. 

Alimento marinho

Os oceanos sempre representaram uma fantástica fonte de alimentos para a humanidade, desde tempos imemoriais. É com base nessa realidade que a Embrapa Alimentos e Territórios e o SEBRAE-AL devem estreitar seus laços institucionais para colaborar com diversos setores produtivos nacionais para exploração, qualificada e sustentável, do potencial brasileiro e local que circunda a temática dos Oceanos.

“O Sebrae se aproximou esse ano dos organizadores do evento ‘Fruto’, que ocorreu em  São Paulo. A temática desta edição foi a água. A ideia é que possamos convidar alguns dos mais expressivos chefs nacionais e os organizadores do evento para uma série de articulações sobre a gastronomia e temáticas correlatas aqui em Maceió nos meses vindouros”, comentou Vinícius Lages. 

Agenda futura

A Embrapa Alimentos e Territórios e o SEBRAE-AL devem montar arranjos de cooperação e parcerias para as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, com data para 5 de junho. Já existe uma agenda para evento de gastronomia sustentável neste período.

“Para a Semana Mundial da Alimentação, que ocorre entre 14 a 16 de outubro, a Embrapa Alimentos e Territórios deverá promover um evento que vai discutir estratégias para agregação de valor a produtos agroalimentares”, adianta João Flavio Veloso. 

O Sebrae-AL com a Embrapa Alimentos e Territórios querem ainda promover ações na linha daquilo que está sendo chamado de “turismo de experiência” para inserir rotas gastronômicas locais junto ao trade turístico, aproveitando, inclusive, o início dos voos da TAP entre Maceió e Lisboa, que terão início em junho próximo. 

Qualidade humana

Lages disse que a vinda de novos profissionais incrementando o quadro de recursos humanos da Embrapa Alimentos e Territórios propicia um novo ambiente de troca de saberes, atraindo para Alagoas um número considerável de experts em diversas áreas do conhecimento agronômico e de áreas afins. “A implantação desse novo centro de pesquisa da Embrapa aqui possibilita trazer para cá pesquisadores e colabores de várias áreas e isso é muito bom para o estado de Alagoas”, assevera. 

Saiba mais sobre a Embrapa Alimentos e Territórios acessando aqui.

Dalmo Oliveira (0859 MTE/PB)
Embrapa Alimentos e Territórios

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Embrapa Alimentos e Territórios

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