Desenvolvimento de híbridos e variedades de girassol adaptados às diferentes condições edafoclimáticas brasileiras e às novas demandas de mercado

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

O óleo de girassol consumido no Brasil apresenta boa qualidade para o consumo humano por ser rico em ácido graxo linoléico, que pode auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares. Recentemente, o cultivo de girassol no país tem sido vinculado à produção de biodiesel, devido ao alto teor de óleo em suas sementes, à qualidade do co-produto (torta) obtido do processo de extração e manejo relativamente bem definido. Apesar do óleo de girassol ser benéfico à saúde humana, o alto teor em ácido linoléico confere a ele baixa estabilidade no processo de fritura, por ser o ácido graxo poliinsaturado. A redução da poliinsaturação dos ácidos graxos de seu óleo é, também, importante para obter combustível de alta qualidade. Para possibilitar garantir a expansão desta cultura de forma estável e competitiva no Brasil é necessária a adoção de cultivares produtivas, com características desejáveis e adaptadas às condições de cultivo. Atualmente, a maioria das cultivares comerciais disponíveis no mercado foram desenvolvidas em outros países, com condições edafo-climáticas distintas. Este projeto teve como objetivo aumentar a disponibilidade de cultivares mais produtivas e adaptadas ao Brasil e contribuir para a melhoria da qualidade de óleo do girassol, favorecendo o estabelecimento da cultura como componente do sistema produtivo do país e visando possibilitar aos pequenos, médios e grandes produtores agregar valor ao produto (óleo de melhor qualidade, biodiesel etc.), com redução do impacto ambiental. O projeto foi organizado e coordenado pela Embrapa Soja com a participação de outras unidades da Embrapa, de Universidades, de Cooperativas e de produtores e teve abrangência nacional. Para atingir os objetivos propostos, métodos clássicos de melhoramento genético foram utilizados em ensaios de campo, em casa-de-vegetação e em laboratórios. Como resultados deste projeto, a Embrapa registrou, entre 2010-2011, três híbridos ricos em ácido graxo linoléico e precoces (BRS 321, BRS 322 e BRS 323) para as diferentes condições edafo-climáticas. Estes materiais são os únicos híbridos desenvolvidos especificamente para as condições brasileiras. Além de outras características agronômicas, sua precocidade favorece sua adequação ao sistema produtivo. A Embrapa registrou ainda uma variedade (BRS 324) rica em ácido graxo linoléico, com alto teor de óleo (47%), superior às demais variedades comerciais (em média, 42%). No pré-melhoramento foram desenvolvidas populações e/ou linhagens com genes para alto teor de ácido oléico (monoinsaturado) ou resistência à herbicida da classe imidazolinonas e foram feitas avaliações de germoplasma quanto à resistência à podridão branca (Sclerotinia sclerotiorum) para posterior inclusão no programa de melhoramento.

Situação: concluído Data de Início: Mon Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2008 Data de Finalização: Fri Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2012

Unidade Lider: Embrapa Soja

Líder de projeto: Claudio Guilherme Portela de Carvalho

Contato: portela.carvalho@embrapa.br