Os recursos genéticos vegetais, em nível mundial, envolvem aproximadamente 300.000 espécies identificadas, das quais 30.000 são comestíveis e apenas 30 respondem pela alimentação da população mundial. Entretanto, desse total apenas três espécies fornecem 50% das proteínas necessárias para a dieta alimentar (arroz, trigo e milho). Este cenário vem estimulando um grande número de pesquisadores na busca de ampliar o número de espécies direcionadas a alimentação humana por meio de novas alternativas. O Brasil é considerado o detentor da maior diversidade biológica do mundo, contendo cerca de 20% do total de espécies do planeta e mais de 55 mil espécies de plantas descritas (MRE-MMA, 2006). Alguns dos ecossistemas mais ricos (a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado) estão localizados no Brasil.

No caso das palmeiras elas vêm suprindo as necessidades do homem durante séculos, fornecendo alimentos (frutos, palmito, refresco e óleo comestível), energia, madeira, fibras e dezenas de subprodutos do óleo, mas pouco ou quase nada se conhece sobre elas. O agravante é que suas populações naturais sofrem com a pressão antrópica e seus germoplamas disponíveis em bancos e coleções estão vulneráveis.

O objetivo deste projeto é enriquecer, conservar, avaliar, caracterizar e documentar o germoplasma existente em Bancos Ativos e ou Coleções de Germoplasma de espécies florestais e de palmeiras para múltiplos usos. Com também, pretende-se caracterizar morfo-fisiologicamente frutos e sementes de espécies florestais nativas da região amazônica visando sua conservação em longo prazo para usos futuros.