A obesidade é considerada um importante problema de saúde pública, sendo fator de risco independente para doenças crônicas não transmissíveis. O alto valor do Índice de Massa Corporal (IMC) está relacionado à diminuição da expectativa de vida e ao aumento da mortalidade por causa cardiovascular. Estudos sugerem que ingestão de soja preta pode beneficiar pessoas com hipercolesterolemia e na prevenção de diabetes mellitus tipo 2. A soja preta, com histórico antigo de uso medicinal na medicina oriental, apresenta como diferencial à soja amarela a presença das antocianinas - compostos bioativos - na casca.
Entre os efeitos positivos demonstrados na literatura pela soja preta, ou extratos de cascas de soja preta, estão a atividade antiobesidade, anticâncer, anti-inflamatória, hipolipidêmica e antimutagênica, entre outras. A proposta do projeto foi avaliar a influência da farinha de soja preta na perda de peso corporal, composição corporal, perfil lipídico e glicídico em mulheres com obesidade, por meio de ensaios clínicos. O estudo foi realizado em parceria com o Programa de Pós-graduação em Nutrição Clínica e Departamento de Nutrição e Dietética do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os resultados da pesquisa visam contribuir para ampliar os conhecimentos técnico-científicos relacionados ao potencial bioativo dessa leguminosa frente à doença. O projeto poderá gerar resultados relativos aos efeitos da soja preta e amarela na perda de peso, perda de gordura corporal e melhora da glicemia e perfil lipídico sanguíneo de obesos.