Uso do amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belomonte) em pastagens consorciadas com gramíneas no Acre
Uso do amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belomonte) em pastagens consorciadas com gramíneas no Acre
Foto: VALENTIM, Judson Ferreira
A diversificação de pastagens, com a introdução do amendoim forrageiro nos sistemas de produção tradicionais da Amazônia é uma alternativa para melhorar a qualidade do pasto na região, com o aumento da fertilidade do solo, em decorrência da fixação biológica de nitrogênio (FBN). Esta tecnologia consiste num conjunto de técnicas, informações e recomendações para formação de pastagens consorciadas com Brachiaria brazintha, Brachiaria decumbens, Brachiaria humidicola, Paspalum atratum cv. Pojuca, Panicum maximum cv. Massai e Cynodon nlemfluensis (Grama-Estrela Africana Roxa).
A tecnologia contribui para recuperar áreas de pastagens degradadas e viabilizar sistemas intensivos de produção de bovinos de corte com baixa emissão de gases de efeito estufa na Amazônia Legal. A adoção dessa tecnologia proporcionou um ganho na produtividade de aproximadamente 51,57%, em pastagens da grama-estrela-roxa (Cynodon nlemfunesis cv. Lua) consorciadas com amendoim forrageiro. O ganho de peso por animal por dia em pastagens consorciadas foi de 707g/animal/dia, enquanto que em pastagens solteiras o ganho é de 500g/animal/dia. A capacidade suporte da pastagem também aumentou, passando de aproximadamente 2,0 UA/ha, em pastagens solteiras, para de 3,59 UA/ha.
Quem ganha com isso
A redução de custos e ganhos de produtividade e rentabilidade proporcionados pela tecnologia beneficiou desde agricultores familiares até grandes pecuaristas.
O setor de insumos agropecuários foi beneficiado pelo aumento da demanda de produtos utilizados no processo de formação de pastagens de gramíneas consorciadas com leguminosas.
Os frigoríficos e consumidores foram beneficiados com a redução nos preços da carne bovina.
Abrangência geográfica
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Rondônia
Benefício econômico
O impacto econômico para o ano de 2015 foi estimado em aproximadamente R$ 214.225.312,00; sendo R$ 177.121.884,80 devido ao incremento da produtividade de carne e R$ 37.103.427,20 na economia com fertilizantes nitrogenados que deixaram de ser adquiridos para adubação das pastagens.
Em março de 2004, mais de 1 mil produtores já haviam adotado o amendoim forrageiro e implantado uma área de aproximadamente 65.000 hectares. Em 2015, a área total com adoção da tecnologia já havia alcançado 137.600 há. Assim a participação da Embrapa na fase inicial da implantação do amendoim forrageiro no Acre foi estimada em 50%.
A utilização das recomendações diminuiu a idade de abate de 36 para 30 meses, em novilhos Nelore, e de 30 para 24 meses, em novilhos cruzados de Nelore x Aberdeen Angus. Isso permite reduzir a emissão de metano por quilograma de carne produzida entre 17% e 20%.
Onde Encontrar:
Embrapa Acre
Rodovia BR-364, Km 14 (Rio Branco-Porto Velho)
Caixa Postal: 321
Rio Branco-AC – CEP: 69900-970
Fone: (68) 3212-3200
Fax:(68) 3212-3284
http://www.embrapa.br/acre
SAC - https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Prática agropecuária: Prática para manejo do pastejo Ano de Lançamento: 2001
Bioma: Amazônia
Unidade Responsável: Embrapa Acre
Unidades Participantes: Embrapa Acre
Palavras-chave: Página Grandes Contribuições