30/04/13 |   Animal production

Prosa Rural - Criação de bezerros em casinha tropical para sistema de produção de leite

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Abril/2013 - 5ª semana - Região Norte e Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

Em sistemas de produção de leite, o cuidado com os bezerros é essencial, principalmente com as futuras matrizes produtoras. A Embrapa Rondônia ( Porto Velho/ RO) adaptou o modelo de casinha tropical da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/ MG) às condições climáticas das regiões Norte e Nordeste, permitindo um maior conforto térmico aos animais e aumento da produtividade. Este é tema do Prosa Rural desta semana que traz informações sobre como utilizar a casinha tropical na criação de bezerros.

"Este sistema é adotado para separar o bezerro da vaca e mantê-lo em um sistema com manejo adequado e alimentação eficiente", explica o convidado do programa, o pesquisador Eduardo Schmitt . Em Rondônia, em algumas regiões do estado, as casinhas são construídas com palha de babaçu, por exemplo, mas a Embrapa Rondônia optou por construir a casinha com barras de ferro, PVC e uma manta térmica. A área estimada por bezerro é em torno de 5 metros quadrados, variando de acordo com a área disponível do produtor rural.

Ao promover a separação dos bezerros, a técnica da casinha tropical torna mais eficiente a alimentação, evita a propagação de doenças entre os animais,  além de prevenir comportamentos como a mamada cruzada . O pesquisador Eduardo Schmitt destaca que o produtor deve observar o rendimento de seus animais no sistema de casinha tropical, levando em consideração que nem todos os animais se adaptam bem à técnica.

Schmitt explica que nas primeiras 24 horas de vida, o bezerro deve ingerir o colostro da vaca. Passadas as 24 horas, deve-se alojar os bezerros nas casinhas tropicais, fornecendo, em média, seis litros de leite por dia, duas vezes ao dia. O fornecimento de uma ração de qualidade pode ser iniciado a partir do terceiro dia de vida. A prática faz com que o rúmen do bezerro se desenvolva mais rapidamente e que o produtor possa desmamá-lo em até 60 dias. Após a desmama, os animais podem ser mantidos em piquetes coletivos com até oito bezerros, agrupados por idade.

Além de garantir o ganho diário de peso satisfatório, o bom sistema de produção apresenta baixa incidência de doenças. As que mais acometem bezerros de 0 a 60 dias são: diarreia, pneumonia, tristeza, infecções de umbigo e miíases (bicheira). Nessa fase, o animal deve ser avaliado diariamente.

A propriedade deve ter um calendário sanitário estabelecido por um médico veterinário que conheça a região, o que deve proteger o animal, no mínimo, contra aftosa, brucelose (estas obrigatórias) e contra as clostridioses. O profissional deve avaliar a necessidade de aplicação de outras vacinas. Outro cuidado é que o bezerro nunca seja levado ao curral, por ser o local mais contaminado da propriedade. Quando isso for necessário, o umbigo deve ser curado ainda no local de nascimento dos animais, antes que eles sejam deslocados. A cura do umbigo é uma etapa muito importante e deve ser feita por três dias seguidos, duas vezes ao dia, com iodo puro a 10%.

Saiba mais sobre a criação de bezerros em casinha tropical ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

Região Norte

Região Nordeste/Vale do Jequitinhonha

 

Kadijah Suleiman (MTb RJ 22729JP)
Embrapa Rondônia

Renata Kelly da Silva
Embrapa Rondônia

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Phone number: (69) 3901-2511

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