17/09/12 |   Environmental and land management

Prosa Rural - Tratamento de resíduos de carrapaticidas para redução de impacto ambiental

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Setembro/2012 - 3ª semana - Região Centro-Oeste/Sudeste
Novembro/2012 - 1ª semana - Região Sul

Os carrapaticidas utilizados periodicamente em bovinos geram resíduos que podem ser tratados, armazenados e descartados corretamente. No Prosa Rural desta semana, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP) apresenta um sistema de tratamento – utilizando peças simples e de baixíssimo custo – que reduz o impacto ambiental negativo trazido pelos restos desses defensivos animais, cujo volume é significativo dado o elevado grau de infestação de carrapatos no Brasil.

Os carrapaticidas são remédios altamente tóxicos, que quando descartados de maneira imprópria podem gerar a contaminação do solo e de fontes de água, colocando em risco a saúde das pessoas que vivem próximas ao local de descarte. Dessa forma, o tratamento dos resíduos dos carrapaticidas é essencial para reduzir a sua toxicidade e seu potencial de contaminação.

O tratamento se dá por meio da degradação dos princípios ativos do carrapaticida, que se torna, assim, uma substância não-tóxica. De acordo com as pesquisas conduzidas pela Embrapa, as taxas de degradação, a depender do princípio ativo, se situaram entre 60% e 90%, o que contribui para a redução da contaminação dos lençóis freáticos.

De acordo com a Embrapa Pecuária Sudeste, para adotar o sistema, o brete do curral deve ser cimentado com um ralo para escoamento da água e dos resíduos que vão para o chão, após a aplicação do produto. Por meio de um cano, o produto é direcionado por gravidade a um pequeno tanque, onde pode ser reutilizado.

Quando não houver mais atividade, os resíduos são direcionados para um protótipo. Este é construído com caixas de água de material polimérico, adaptadas com um agitador, controlado por uma pequena bomba. Ao resíduo acrescentam-se determinados reagentes químicos, que, com movimentos de agitação, levam à degradação química do produto. Esses reagentes devem ser usados sob medida e com orientação de um técnico especializado. O escoamento do líquido pode se dar por gravidade, colocando-se as caixas em plano inferior ao brete. O resíduo degradado, após neutralização, pode ser descartado em fossa séptica.

No entanto, é necessário que produtor busque auxílio técnico para realizar esse tratamento em sua propriedade, como recomenda a pesquisadora Ana Rita de Araújo Nogueira, convidada do Prosa Rural. Ela explica que esse cuidado é necessário devido à mudança de carrapaticidas a que o produtor recorre quando os carrapatos se tornam resistentes ao veneno que ele já utiliza. Segundo ela, essa substituição de carrpaticidas demanda mudança no arranjo dos produtos químicos necessários para degradar os princípios ativos tóxicos do veneno e essa alteração deve ser executada por um técnico.

Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural desta semana, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

Região Centro-Oeste/Sudeste

Região Sul

 

Larissa Morais (MTb 48.218-SP)
Embrapa Pecuária Sudeste

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