Diretores da Associação Brasileira para o Progresso da Pecuária Profissional (Láctea Brasil) e lideranças do setor leiteiro estarão reunidos na Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nesta terça-feira, dia 10 de setembro. Na reunião serão discutidas as metas da instituição para o próximo ano com o intuito de ampliar o marketing institucional, visando ao aumento do consumo de leite e derivados no País. A Associação também pretende intensificar a parceria com suas filiadas em Minas Gerais.

Criada há três anos, a Láctea Brasil é uma organização não governamental (ONG) que reúne indústrias de laticínios, empresas de pesquisa, universidades e cooperativas de produtores de todo o País. O objetivo da ONG é o fortalecimento e expansão da pecuária de leite brasileira. "Queremos apoiar a modernização da produção e valorizar o leite formal junto ao mercado consumidor", diz o presidente da ONG, Roberto Jank.

Não existem dados precisos, mas pesquisadores da Embrapa acreditam que 20% do leite consumido no País seja produzido na informalidade, sem passar por inspeção ou fiscalização. Para o Chefe-Geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, além do produto informal não contribuir com a arrecadação de impostos, ele representa um risco para a saúde do consumidor.

A Láctea Brasil procura desenvolver ações de marketing para estimular o consumo de lácteos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o brasileiro deveria consumir em média 210 litros de leite por ano. O consumo, no entanto, não atinge 130 litros per capita. Outra preocupação da ONG é com as importações predatórias. Em vários países, a produção de leite é subsidiada, competindo de forma desigual com o produto nacional.

O Brasil ainda importa lácteos, principalmente no período de entressafra. Cerca de 2% do que é consumido no País vem de fora. Duarte Vilela diz que o Brasil tem plena condições de atender todo o mercado interno e, num curto espaço de tempo, tornar-se exportador. "A pesquisa na pecuária de leite já desenvolveu tecnologias capazes de quadruplicar a nossa produção", afirma o Chefe-Geral da Embrapa Gado de Leite. O que falta para estimular a produção é uma maior organização do setor, principalmente no que diz respeito a preços. O aumento do consumo interno e a melhoria da qualidade do leite brasileiro, visando à exportação, são formas de melhorar os preços pagos ao produtor.

Rubens Neiva Embrapa Gado de Leite Endereço Eletrônico: neiva@cnpgl.embrapa.br

Fone: ((32)3249.4700