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Guaraná e piscicultura na Amazontech

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A Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está presente na Amazontech - Novos Rumos para a Ciência, Tecnologia e Negócios Sustentáveis, uma das principais feiras tecnológicas da Amazônia brasileira, que acontece de 17 a 22 de setembro, em Rio Branco/AC.

A segunda edição da Amazontech reunirá, além de várias Unidades da Embrapa e do Sebrae, demais instituições públicas e da iniciativa privada, universidades, produtores e empresários rurais, agroindustriais, organismos internacionais, pesquisadores e vários outros segmentos afins.

A Unidade do Amazonas, mais uma vez, mostrará as tecnologias e serviços com a exposição de seus produtos em estande, minicursos feitos em cozinha experimental, degustação de guloseimas regionais, além de palestras e cursos técnicos proferidos por seus pesquisadores. A ênfase será dada aos resultados de pesquisa com guaraná e piscicultura, duas linhas de pesquisa bastante procuradas pelo seu público, hoje composto do micro ao grande produtor, de vários Estados da Amazônia Legal.

Guaraná clonado - A Embrapa domina a técnica de enraizamento de ramos para clonagem do guaranazeiro, que permite elevar em mais de 10 vezes a produtividade, em relação aos cultivos de mudas produzidas por sementes, usando os mesmos insumos e tratos culturais. Do guaranazeiro se produz o refrigerante de guaraná e outros subprodutos que podem servir tanto para a indústria de cosméticos como para a de fitofármacos.

Uma das únicas instituições do mundo que mantém um programa de pesquisa com a cultura do guaraná, a Embrapa iniciou suas pesquisas na década de 70, com a coleta de plantas de alta produtividade e tolerantes a doenças. Atualmente, o programa já dispõe de tecnologias que propiciam a melhoria da produtividade com baixos impactos ambientais e com menores custos de produção.

Em 2000, a Empresa lançou 10 novos clones de guaraná para cultivo no Estado do Amazonas. A Embrapa já havia lançado outros dois clones em 1999 e vem estudando mais de 20 materiais quanto à resistência e à tolerância a doenças.

De acordo com o pesquisador André Luiz Atroch, responsável pelos estudos da cultura, as principais vantagens das mudas clonadas com material selecionado, em relação às de sementes, são o tempo de formação de muda que cai de 12 para sete meses. A primeira colheita dos novos clones ocorre dois anos após o plantio, quando a média é de quatro anos. Além disso, os clones são altamente resistentes à antracnose, principal doença que ataca a cultura do guaranazeiro. Atroch proferirá a palestra Guaraná: alternativa para o agronegócio na Amazônia, dia 18 de setembro, às 20h, na Amazontech 2002. Mais informações com o pesquisador durante a feira, ou pelo e-mail: sac@cpaa.embrapa.br

Criação de peixes - Um dos maiores problemas do piscicultor na Amazônia, ainda é o transporte e controle alimentar de alevinos. A informação é do pesquisador Levy Gomes, da Embrapa Amazônia Ocidental, que proferirá a palestra Programa de arraçoamento de peixes e alevinos na Amazônia, dia 22 de setembro, às 18h, na Amazontech 2002. Levy ministrará também o curso Criação de peixe na Amazônia, ainda com data a ser definida.

Neste curso serão descritas as principais espécies nativas utilizadas em sistemas de criação e os fatores mais importantes para que os piscicultores tenham sucesso. O curso será dividido em duas etapas: a primeira será a produção de juvenis de pescado, onde será abordados tópicos de reprodução induzida, incubação, larvicultura, produção de juvenis II e transporte.

A segunda etapa será relacionada à engorda de peixes e serão mostrados os sistemas de criação, qualidade da água, nutrição, manejo e transporte. "Espera-se que ao final do curso os participantes tenham aprofundado seus conhecimentos a respeito da produção das principais espécies de peixes criadas na Amazônia", comenta o pesquisador" .

Cupuaçu - Uma das frutas de grande potencial no mercado de polpas, o cupuaçu, será explorado na cozinha experimental da Amazonech, pelos instrutores da Embrapa de Manaus, Nilo Falcão e Maria Perpétua Beleza. O curso mostrará a importância socioeconômica, o mercado, os coeficientes de produção, padrão de qualidade da polpa , derivados, processamento e fornecedores de polpa e de derivados do cupuaçu.

Mais informações: Maria José Tupinambá Embrapa Amazônia Ocidental Fone: (92) 621-0406 Endereço eletrônico: maria@cpaa.embrapa.br  

Tema: Ecossistema\Amazônia 

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