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Mandioca é alternativa para municípios no Maranhão

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Panificadores dos municípios maranhenses de Chapadinha, Imperatriz, Timon e São Luís e de Teresina (PI) vão conhecer, entre os dias 3 e 8 de setembro, detalhes do trabalho da Embrapa Mandioca e Fruticultura., Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na difusão da adição de fécula da mandioca à farinha de trigo para a panificação. A iniciativa é do Consórcio Intermunicipal de Produção e Abastecimento (Cinpra).

Em São Luís, acontece na próxima quarta-feira, dia 4, o workshop A Mandioca e suas alternativas de produção e consumo, das 15 às 19 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiam), numa realização conjunta do Cinpra, Senai, Sebrae e Senac. A previsão dos organizadores é de que participem do evento cerca de 250 convidados.

Apresentando a Mandioca: Uso da Fécula em farinhas panificáveis, uma das palestras do evento, será proferida pelo pesquisador Joselito Motta, que está percorrendo várias regiões do país, já tendo apresentado a proposta em 15 Estados, onde tem repassado informações técnicas aos panificadores que desejarem substituir em até 20% a farinha de trigo pela farinha de fécula de mandioca na composição do pão comum, agora batizado de pão brasileiro.

Nos dias 6, 7 e 8, Joselito junta-se aos pesquisadores Chigeru Fukuda e Luciano Souza e à técnica Darcy Vidal para mostrar ao público presente à Festa da Mandioca, em Chapadinha (MA), essa e outras possibilidades de uso alternativo da cultura da mandioca. Fundado em outubro de 97, o Cinpra consorciou os municípios de Anapurus, Axixá, Cantanhede, Coroatá, Humberto de Campos, Matões do Norte, Morros, Pirapemas, Presidente Juscelino, Rosário, Santa Inês, São João Batista, São Luís, Viana e Vitória do Mearim.

O Maranhão já foi um dos maiores produtores de mandioca do país, mas hoje importa farinha d'água do Pará, fécula do Paraná e amido azedo de Minas Gerais. Na região dos municípios consorciados, com cerca de 32 mil hectares plantados de mandioca, a produtividade média da cultura oscila em torno de seis toneladas por hectare. "A mandioca diminuiu muito sua área plantada no Estado, o que é algo preocupante por se tratar de um dos principais componentes da estratégia econômica e de segurança alimentar para cerca de 100 mil famílias maranhenses", diz o secretário municipal de agricultura de São Luís, Léo Costa, também secretário-executivo do consórcio.

Alternativas - A Embrapa, que mantém um convênio de cooperação técnica com o Cinpra, implantou, na região, três unidades demonstrativas de mandioca. Os experimentos serão utilizados para mostrar, aos produtores locais, técnicas de manejo mais eficientes para a cultura. Os experimentos com variedades de mandioca mais resistentes à seca e mais produtivas foram instalados em janeiro.

"Há uma diferença brutal quando se compara os sistemas dos agricultores com o proposto pelos pesquisadores", confirma Messias Nicodemus da Silva, consultor técnico do Cinpra. Ele explica que a prioridade da parceria com a Embrapa não é fazer aumentar a área plantada com mandioca, mas incrementar a produtividade dos roçados nos municípios do consórcio.

Os pesquisadores estão investindo também na melhoria da qualidade da farinha de mandioca produzida na região. Com relação à produção de fécula, Messias diz que a idéia é fazer com que os agricultores passem do fabrico artesanal, de base familiar, para um modelo mais industrial. "Vamos implantar um projeto para a instalação de pequenas unidades processadoras de amido", informa.

Dalmo Oliveira - MTb/PB N.º 0598 Telefone: (75) 621.8037 Fax (75) 621.1118 Email: dalmo@cnpmf.embrapa.br  

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