Metodologia analisa risco ambiental em plantas modificadas
Metodologia analisa risco ambiental em plantas modificadas
Os participantes do Workshop "Metodologias para avaliação de riscos de plantas geneticamente modificadas, incluindo as perspectivas social, ética e econômica", realizado esta semana na sede do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em Brasília, discutiram a metodologia denominada Formulação de Problemas e Avaliação de Opções, cuja sigla é PFOA derivada do nome original em inglês ("Problem Formulation and Options Assessment"). <br /><br />O objetivo foi estudar as possibilidades de sua utilização na situação brasileira, em que diversos organismos geneticamente modificados já foram liberados comercialmente, outros estão em análise para liberação e muitos encontram-se em desenvolvimento. Foi decidido que será realizado um projeto piloto para aplicar a metodologia em, pelo menos, duas situações reais para produtos em fase inicial de desenvolvimento e em fase intermediária ou de pré-lançamento comercial. Esta metodologia visa preencher uma lacuna na análise que deve ser efetuada no processo de avaliação de risco ambiental das plantas geneticamente modificadas.<br /><br />O projeto piloto será elaborado no 2º semestre de 2007 e deverá ser realizado ao longo de 2008. Para a elaboração do projeto, foi constituído um grupo de trabalho composto por pesquisadores da Embrapa, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural e Santa Catarina - Epagri e da Universidade Federal de Santa Catarina. Esse grupo contará com o apoio da Professora Kristin Nelson, da Universidade de Minnesota (USA), uma das pesquisadoras que desenvolveu a metodologia PFOA.<br /><br />A PFOA foi desenvolvida ao longo de vários anos de execução de um projeto internacional de Avaliação de Riscos Ambientais de Plantas Geneticamente Modificadas (GMO-ERA) que, no Brasil, vem sendo coordenado pelas pesquisadoras Deise Capalbo (Embrapa Meio Ambiente) e Eliana Fontes (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia). O projeto conta com a participação de pesquisadores e professores da Embrapa, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), da Universidade Federal de Viçosa e da Universidade Federal de santa Catarina. Várias informações sobre o projeto GMO-ERA podem ser obtidas em www.gmo-guidelines.info<br /><br />A nova metodologia e suas vantagens para o Brasil - A metodologia de Formulação do Problema e Avaliação de Opções é uma ferramenta que visa sistematizar informações e realizar, de forma ordenada, a análise dos diversos aspectos relacionados ao risco e à segurança ambiental das plantas geneticamente modificadas. Entre outros objetivos, a PFOA procura contribuir com métodos para a avaliação e definição das melhores estratégias para a gestão das controvérsias em torno das plantas geneticamente modificadas, auxiliar na discussão e elaboração de políticas públicas relacionadas à tecnologia de OGM's e discutir alternativas para reduzir os riscos e aumentar os benefícios apresentados pelas diversas opções técnicas que devem ser analisadas.<br /><br />A metodologia PFOA compõe-se de nove etapas de levantamento de informações, discussão e decisão, divididas em quatro fases: formulação do problema; decisão inicial considerando a legislação nacional; avaliação das opções disponíveis para resolução do problema; recomendações técnicas a ser encaminhadas aos órgãos decisórios. Nas diversas fases de aplicação da metodologia, diversos grupos sociais devem participar das discussões e conclusões, incluindo pesquisadores, produtores rurais, industriais, funcionários das agências reguladoras, consumidores, jornalistas, etc.<br /><br /><br />Área de Comunicação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia<br />Tel: (61) 3448 4770<br /><br />
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