A 8° Expo Embrapa, realizada de 14 de abril a 21 de maio pelo Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia, localizado em Goiânia, apresenta uma mostra de conhecimentos a serviço do Desenvolvimento Sustentável. Com enfoque educativo, o evento é aberto a estudantes, agricultores e técnicos, e traz estações demonstrativas que ensinam a forma adequada de manejar o solo sem degradá-lo.

A equipe do Escritório reproduziu em 400 metros quadrados uma Microbacia Hidrográfica com a finalidade de mostrar como deve ser utilizada uma propriedade rural de modo a preservar as matas ciliares e o ambiente ao redor. Para isso, algumas premissas devem ser respeitadas como são estabelecidas normas de plantio como respeitar o tamanho do leito do rio e a distância mínima necessária para se plantar.

"A microbacia procura transmitir aos nossos visitantes noções de como preservar as nascentes com reflorestamento, de simular uma propriedade rural nos tempos modernos, que se preocupa cada vez mais com a preservação do meio ambiente", disse Sérgio Vaz, gerente do Escritório de Negócios. A microbacia mostra que é possível a convivência harmoniosa entre homem e natureza e a construção foi uma sugestão do pesquisador da Embrapa Solos, Pedro Luiz de Freitas colocada em prática pela equipe do Escritório.

Simulador de erosão – Outra estação da Exposição é o simulador de erosão construído de forma didática com auxílio de garrafas PET. Ele foi planejado com o intuito de apontar as principais diferenças entre o plantio em solo inclinado e em cima de palha. O plantio convencional consiste em arar o solo pulverizando a terra, essa prática provoca erosões pela ação das chuvas (hídrica) e dos ventos (eólica), por isso não é a maneira recomendável de plantio. Com nesse método não ocorre infiltração da água, pois só há um escoamento, a terra e os nutrientes presentes no solo são levados para dentro dos rios provocando assoreamento.

O simulador tem o objetivo de demonstrar as vantagens do plantio direto, com essa técnica, que é feita em cima de uma palhada para evitar a evaporação da água e a conservação dos nutrientes, há uma infiltração melhor, nas partes mais profundas do solo. Para usar esse método deve ser feita uma preparação do solo para se adaptar do plantio convencional para o plantio direto.

Arboreto – Há sete anos, os técnicos da Embrapa plantaram 22 espécies nativas do cerrado como experimento para recuperação de áreas degradadas. O visitante da exposição também poderá conferir o resultado desse trabalho e conhecer as espécies madeireiras, que estão divididas em pioneiras ou primárias, secundárias e clímax. As pioneiras são plantas com desenvolvimento muito mais rápido, que vivem pouco e que possuem madeira com pouco aproveitamento, exemplo: sucupira e pau-ferro.

As secundárias são plantas com um desenvolvimento não tão rápido, necessita de mais sombreamento, tem madeiras mais apreciadas com destino moveleiro e são plantas que vivem mais, em torno de 80 anos, exemplos: angico rajado, peroba, jatobá e ipê.

As árvores do tipo clímax vivem 500 anos, tem desenvolvimento muito lento e necessitam de um sombreamento bem maior, exemplo: bálsamo, jequitibá.. O plantio é feito de forma estratégica de acordo com a necessidade de luz e água. "Esse trabalho mostra que se o homem quiser tem condições de recuperar as plantas nativas e a natureza", diz Sérgio.

A oitava edição do Expo Embrapa pode ser visitada até o dia 21 de maio e a entrada é gratuira. A mostra conta com tecnologias de 27 Unidades da Empresa que têm na mostra uma oportunidade de divulgar os resultados de suas pesquisas junto ao público da região, destacou Vaz. O evento tem parceria da Embrapa Arroz e Feijão e conta com a colaboração da Agência Rural, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Agência Ambiental de Goiás e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

A exposição está aberta à visitação das 8 às 16 horas, no Escritório de Negócios da Embrapa em Goiânia (GO), localizado na BR-153, km 04, saída para Brasília. Outras informações pelo telefone: (62) 3202-6000

Valéria Costa  MTb. 15533/59/32Colaboração: Kátia PaivaEmbrapa Transferência de TecnologiaContato: 61 3448.4510 – valeria.costa@embrapa.br