10/12/08 |

Mandiocultura terá novos desafios

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Aumentar a produtividade média da mandioca para 50 toneladas por hectare nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Paraná; desenvolver cultivares altamente precoces, que permitam a colheita das raízes a partir de sete meses, e sejam resistentes a herbicidas e às principais doenças e pragas que atacam a cultura; mecanização da colheita, aumento da rentabilidade e obtenção de amidos resistentes para o desenvolvimento de alimentos funcionais.

Essas foram algumas das demandas identificadas durante o Workshop de Integração entre Pesquisa e o Setor Produtivo de Mandioca, encerrado hoje em Cruz das Almas (BA). Na opinião do empresário Antônio Fadel, presidente da Associação Brasileira de Amidos de Mandioca (ABAM), caso essas metas sejam atingidas, os produtores brasileiros de mandioca podem se transformar nos "reis do etanol" num futuro próximo. "É muito importante que alcancemos uma escala de produção de etanol a partir da mandioca, inclusive em regiões onde a cana-de-açúcar não chega", destacou.

Na tarde de ontem, após o encerramento do workshop, Fadel e o chefe geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas – BA), José Carlos Nascimento, se reuniram em Brasília com o diretor presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvio Crestana, e a Diretoria Executiva da Empresa, para apresentar os principais resultados do encontro e discutir formas de fortalecer a parceria entre os setores público e privado.   

CPMF da mandioca

O presidente da ABAM destacou que hoje existe uma tendência de queda no consumo de produtos tradicionais, como a farinha de mandioca. "Por isso a importância de agregar valor à cultura com o desenvolvimento de novos produtos e cultivares", ressaltou.

Como forma de o setor privado colaborar com o desenvolvimento de pesquisas na área, o empresário propôs a criação "de uma espécie de CPMF da mandioca", cobrada no momento em que o produtor entrega a sua produção na fábrica. "Seria um percentual mínimo, zero vírgula alguma coisa por cento", disse ele, explicando  que pretende apresentar a proposta aos produtores já no mês de janeiro.

Fadel destacou ainda a importância de se estreitar as relações com a Tailândia, grande produtora de mandioca da Ásia, por intermédio do Labex Coréia do Sul, criado recentemente pela Embrapa. Para reforçar esse intercâmbio, o empresário e dois pesquisadores da Empresa participam nos dias 15 e 16 de janeiro de uma conferência mundial sobre mandioca, que será realizada em Bancok.

Arranjo

O diretor presidente da Embrapa, Silvio Crestana, ressaltou que para vencer os grandes desafios apontados pelo workshop será preciso criar uma estrutura permanente mínima, capaz de trabalhar de forma independente. "Além disso, é preciso definir de que forma o setor privado pode participar no desenvolvimento da pesquisa", afirmou. Crestana sugeriu que seja criado um grupo de trabalho, do qual vão participar pelo menos dois representantes de cada instituição parceira e da iniciativa privada, para estabelecer um projeto de trabalho a ser implementado nos próximos meses.

O Workshop de Integração entre Pesquisa e o Setor Produtivo de Mandioca contou com a participação de representantes da Embrapa, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e da ABAM.

Eduardo Pinho Rodrigues Mtb/GO - 1073Assessoria de Comunicação SocialContatos:61 3448 4015

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