O livro "A Cultura do Feijão-caupi na Amazônia Brasileira" dos pesquisadores da Embrapa Roraima Aloisio Vilarinho e Jerry Zilli e do professor da UFRR José Maria Arcanjo Alves será lançado na  segunda-feira(24), durante o II Congresso Nacional de Feijão-Caupi, em Belém-PA.

São dez capítulos que abordam  os sistemas de produção, o uso de inoculantes para fixação biológica de nitrogênio, a questão da fertilidade do solo, colheita e armazenamento. O melhoramento das 16 cultivares do produto desenvolvidas pela Embrapa também é assunto de destaque. Essas variações são bem mais produtivas. "A maioria apresenta potencial produtivo superior a 1000 quilos/ hectare, enquanto a média nacional é de 400 quilos/hectare. Além disso, demonstram altos níveis de resistência às principais pragas e doenças da cultura", explica Aloisio.

O caupi é mesmo uma cultura rústica e aguenta firme o estresse hídrico. Esse é um dos motivos pelo qual a área plantada, no país, não para de crescer. Já temos 1.500.000 hectares desse plantio no Nordeste, Norte e Mato Grosso do Sul.

O custo de produção é relativamente baixo já que a plantação não precisa de muitos cuidados se comparada a outras variedades de feijão. "Para o pequeno agricultor, o fejão-caupi é uma maravilha pois constitui uma das maiores fontes de proteínas na sua alimentação, a baixo custo. E o excedente ele ainda pode vender, com público garantido", conta o pesquisador da Embrapa Roraima.

Mas a cultura também é uma boa para os médios e grandes agricultores. Com os investimentos corretos em uso de tecnologia, ele pode render até 1800 quilos por hectare. Um investimento que promete atrair muita gente nos próximos anos.