Julho/2008 - 2ª semana - Região Semiárido

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) desenvolveu pesquisa que utiliza produtos alternativos, como o óleo vegetal (algodão) e óleo mineral, no controle de pragas em coqueiros.

Na região Nordeste, responsável por 78% da produção nacional de cocos, um dos fatores que mais contribuem para a baixa produtividade dos pomares, são os danos provocados por insetos, pragas e ácaros, principalmente os associados à queda de frutos do coqueiro, como o ácaro da necrose dos frutos, a traça e o gorgulho. São pragas que têm em comum o mesmo nicho alimentar, cujo desenvolvimento dá-se sob as brácteas, principalmente de frutos novos.

Os danos provocados por essas pragas podem inviabilizar a exploração comercial do coqueiro se nenhuma medida de controle é adotada, independente do manejo  cultural praticado pelo produtor. Os danos das lagartas da traça começam pelas flores femininas e podem se estender aos frutos maiores, com até 120 dias, provocando sua queda. Os gorgulhos também provocam danos semelhantes. Já os ácaros não são visíveis a olho nu. Eles se instalam em grandes colônias, em frutos de tamanho equivalente  "a um ovo de galinha", danificando a superfície à medida que os frutos crescem. Os sintomas são semelhantes ao aspecto de queima e percebidos em frutos de todas as idades.

Os efeitos nocivos, devido ao uso abusivo de produtos químicos, podem ser atenuados com a utilização de produtos naturais, extraídos de plantas e/ou fontes minerais. Segundo o pesquisador da Emparn, Marcone César das Chagas, essa prática traz benefícios aos produtores rurais pela baixa toxidade e pelo controle eficiente dos ácaros e pragas comuns nos coqueiros.

A utilização de produtos alternativos no controle das pragas proporcionam uma produtividade superior - se comparada à produtividade com a utilização de produtos químicos - a partir do terceiro ano de produção.

Região Semiárido