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De pasto novo, produtor ‘abraça’ Sistema Diamantino

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Photo: Ariosto Mesquita

Ariosto Mesquita - Heder Simões da Silva produtor de Jatei, Mato Grosso do Sul

Heder Simões da Silva produtor de Jatei, Mato Grosso do Sul

Em meados de 2021, o produtor Heder Simões da Silva (foto) caminhava para dar fim à sua pecuária leiteira no Sítio Cantinho do Céu, de 32 hectares, em Jateí (MS).

A combinação de solo arenoso (12% de argila, em média), baixo conhecimento sobre cultivo e áreas com forte degradação, impedia uma produção rentável.

“Eu e minha esposa estávamos sentados debaixo do nosso pé de manga avaliando parar e vender tudo. Foi quando apareceu o ‘seu’ Gessi, da Embrapa, propondo fazer um experimento usando o Sorgão Gigante da Latina Seeds consorciado com os capins Zuri (Panicum) e Marandu (Braquiária). Foi Deus!”, lembra emocionado.

O pecuarista se refere a Gessi Ceccon, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) que, à época, buscava um produtor parceiro para ampliar as pesquisas em busca de um modelo de consórcio sorgo/gramíneas que permitisse recuperação eficiente de áreas degradadas através da renovação de pastos, sinalizando ainda com renda para o produtor durante o processo. Heder topou, cedeu 2,4 ha para o experimento e hoje comemora a decisão.

“Nesta área, minha produtividade saiu de uma média de 7,4 litros/vaca/dia para algo na casa de 13 litros/vaca/dia. Quase dobrou”, garante. Além disso, o experimento rendeu comida para alimentar a vacada nos meses secos.
Números da Embrapa indicam que o consórcio do Sorgão Gigante da Latina Seeds com os capins entregou silagem na ordem de 21,1 t/ha de matéria seca no primeiro corte, realizado no final do verão de 2022. Tudo isso apesar de um longo período de estresse hídrico por falta de chuva.

Hoje, dois anos depois, a área renovada permanece firme, com pastos vigorosos, piqueteados e pastejados em rotação. Tudo constatado em visita técnica da Embrapa e Latina Seeds, realizada no dia 10 de janeiro de 2024, que culminou em um encaminhamento: o Sítio Cantinho do Céu provavelmente será uma das vitrines de lançamento do “Sistema Diamantino”, denominação oficial da tecnologia que promete injetar ânimo e acelerar o processo de recuperação de áreas degradadas no Brasil, um dos grandes desafios do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao qual a Embrapa é vinculada.

O Sistema Diamantino é a denominação de uma tecnologia em processo final de validação pela Embrapa, em parceria com a Latina Seeds e a Fundapam (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental), que oferece oportunidade para recuperação de áreas degradadas através da renovação de pastagem.

Tudo com baixo investimento e alto nível de sustentabilidade, sinalizando com rápido retorno/renda para o produtor (boa produção de silagem em um período curto, de até oito meses), informa o comunicado à imprensa.

O estudo, cientificamente batizado de “Sorgo com forrageiras para a integração da produção”, envolve avaliações de consórcios de Sorgão Gigante da Latina Seeds (biomassa) com Braquiária e Panicum.

De acordo com a empresa, a primeira fase da pesquisa ocorreu entre 2021/2022. Atualmente está em sua etapa final (2023/2024) de estudos para validação no âmbito da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), com áreas em Dourados e em Vicentina, ambas em Mato Grosso do Sul.

Segundo a pesquisadora Marciana Retore, também da Embrapa Agropecuária Oeste, o modelo que está sendo consolidado tira o peso do alto custo, para o produtor, de uma renovação convencional: “O consórcio dos capins com o Sorgão Gigante da Latina Seeds, entrega uma nova pastagem, além de uma boa quantidade de silagem, que pode ser comercializada ou utilizada na propriedade para alimentação dos animais durante o período de baixa oferta de pasto”.

Para Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds, as particularidades do Sorgão Gigante (pode superar a altura de cinco metros) são essenciais para a aplicabilidade prática da tecnologia: “Além da alta produção de massa, a planta entrega ótimo enraizamento, tornando-a mais tolerante à estiagem e ajudando na revitalização biológica do solo. Estamos bastante otimistas com o Sistema Diamantino. Promete muito!”, avalia.

Colaboração: Ariosto Mesquita (DRT/MG 3474)
Ascom Latina Seeds

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