Redes para transferência de tecnologias e desenvolvimento do semiárido mineiro.

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As regiões Norte e Vale do Jequitinhonha, no Estado de Minas Gerais, se caracterizam pelos baixos índices de produtividade das lavouras, influenciados principalmente pelos baixos índices pluviométricos, ou pela concentração das chuvas em um curto período do ano. Outro fator que influencia fortemente no baixo índice de produtividade das culturas nestas regiões é o baixo nível tecnológico dos sistemas de produção agrícola. Em função das características sócio-econômicas e de clima e solo dessas regiões é preciso adequar o sistema produtivo para a agricultura de sequeiro, com tecnologias que minimizem o efeito da evaporação das águas e com culturas adaptadas às condições semiáridas, que aproveitem o volume de chuvas nas épocas de sua abundância. O sorgo, a mandioca, o milheto, e o milho variedade podem fazer parte desse sistema, desde que sejam associados a técnicas de manejo, como o plantio direto e a integração de atividades agrícolas com pecuária, que possibilitem o aumento da capacidade de interação nesse sistema. Uma das características predominantes da região semiárida de Minas Gerais é a predominância de grande número de agricultores familiares, que não têm grande motivação para permanecerem estáveis no campo. A falta de ações planejadas de forma territorializada, com políticas e programas de desenvolvimento que tornem os agricultores menos dependentes de insumos externos fragiliza sistema de produção deles. Um dos insumos que o agricultor pode produzir na sua propriedade é a semente necessária para o plantio de suas culturas agrícolas. Ele pode produzir a própria semente ou muda de vários alimentos que planta, como feijão, milho e mandioca para sua subsistência e comercialização, tornando-se independente nesse insumo de produção. Para o desenvolvimento do sistema agropecuário de produção para agricultores familiares é necessário um sistema-programa de assistência técnica e extensão rural capaz de aproximar os diversos elos da cadeia produtiva, bem como uma interação entre agentes de pesquisa e extensão, que proporcionem uma capacitação continuada aos agentes de extensão, de forma que resultados de pesquisa, tecnologias e inovações estejam acessíveis aos empreendedores rurais. Os agricultores precisam se apropriar de tecnologias e processos mais apropriados e adaptados ao seu sistema de produção. Para o alcance de resultados, será necessária capacitação continuada, em que pesquisadores, técnicos da extensão e produtores trabalhem juntos, unindo os saberes técnico-científicos com os saberes práticos, vivenciais e culturais. Portanto, devem ser consideradas alternativas de produção, a aproximação de agentes de pesquisa e extensão e as características territoriais para implantar redes de transferência de tecnologias que possibiltem a ajuda técnica e gerencial aos produtores, melhorando a capacidade administrativa dos empreendedores e aumentando a geração de renda e melhorando a qualidade de vida das famílias.

Situação: concluído Data de Início: Thu Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Sat Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2015

Unidade Lider: Embrapa Milho e Sorgo

Líder de projeto: Fredson Ferreira Chaves

Contato: fredson.chaves@embrapa.br