Capacitação para a produção de sementes de milho melhoradas, com foco na sustentabilidade da agricultura familiar

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Na agricultura familiar, pequenos e médios agricultores e suas famílias são responsáveis pelo trabalho e pela gestão da pequena ou média propriedade. Frequentemente, o baixo poder aquisitivo da grande maioria e a falta de orientação técnica apropriada afastam esses agricultores de práticas desejáveis para uma boa condução da lavoura de milho. O alcance de produtividades satisfatórias depende, dentre outros fatores, de uma boa fertilidade dos solos, da semeadura em épocas adequadas, de um manejo eficaz de insetos-praga e de doenças e, sobretudo, de sementes de qualidade, que apresentem bom potencial produtivo, adaptabilidade, tolerância ou resistência a fatores negativos, como secas e pragas. Já que sementes de milho comercializadas no mercado são caras, uma parcela significativa desses agricultores familiares utiliza sementes de milho tradicionais, conhecidas como “sementes de paiol”, que vêm sendo selecionadas por várias gerações. Embora muitas vezes apresentem características interessantes, principalmente quanto à rusticidade e à adaptabilidade, a maioria desses materiais se mostra menos produtiva e,

principalmente, mais suscetível ao ataque de insetos-praga e de doenças, quando comparados às cultivares mais modernas. Embora não sejam materiais que alcancem índices elevados de produtividade quando comparados às sementes híbridas, normalmente as sementes de milho variedade oferecem um custo-benefício mais satisfatório em sistemas de produção que adotam baixos ou até intermediários índices de tecnologia, uma realidade da grande maioria das propriedades de exploração familiar no Brasil. As sementes de milho variedade permitem a sua multiplicação pela agricultura familiar com a manutenção de seu potencial produtivo e custo relativamente baixo, safra após safra, através da simples adoção de boas práticas na condução da lavoura, aliadas a alguns cuidados básicos, principalmente na colheita e no beneficiamento da produção. Nesse sentido, ser capaz de produzir as suas próprias sementes é um “sinal verde” para que esses agricultores possam

reassumir essa atividade produtiva e, além disso, um sinônimo de maior independência em relação ao mercado de sementes. A multiplicação das sementes de milho variedade em comunidades rurais gera a expectativa de cooperação mútua através de troca e venda dessas sementes entre os agricultores.


Situação: concluído Data de Início: Sat Oct 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Wed Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2014

Unidade Lider: Embrapa Milho e Sorgo

Líder de projeto: Diego de Oliveira Carvalho

Contato: diego.carvalho@embrapa.br