O manejo dos dejetos é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa (GEE) nos sistemas de produção de suínos. O armazenamento em esterqueiras e a aplicação ao solo dos dejetos sem tratamento resulta em elevadas emissões de GEE, especialmente o metano e o óxido nitroso, respondendo por 4,9% de todas as emissões agrícolas no Brasil. Diferente do que ocorre na bovinocultura de corte, na produção confinada de suínos as principais fontes são pontuais: os depósitos de dejetos. Tal característica possibilita reduzir sensivelmente o impacto ambiental e a produção e emissão de GEE pela adoção de boas práticas de manejo e implantação de sistemas de tratamentos de dejetos. Este projeto trará importantes contribuições na melhoria e modernização dos processos de tratamento de dejetos suínos, considerando: o aumento da produção de biogás e a valorização dos biofertilizantes, a fim de dar suporte técnico a futuros projetos de transferência de tecnologia e negócios, voltados ao fomento da reciclagem destes em solos agrícolas; e o aumento do potencial de mitigação de emissão de GEE ocasionados por estas intervenções. O projeto está estruturado em duas frentes de atuação: 1) nos tratamentos pela avaliação de equipamentos mais eficientes (biodigestor de mistura completa e dois modelos de máquinas de compostagem) e uso de aditivos químicos (inibidor de nitrificação, acidificantes e agentes precipitantes), minerais e biológicos (inóculo), que possibilitem reduzir as emissões dos tratamentos, aumentar a produção de biogás, melhorar a qualidade e padronização dos fertilizantes orgânicos produzidos; 2) no uso dos fertilizantes no solo pela geração de indicadores para um inventário do potencial de sequestro de carbono e emissão de gases de efeito estufa (GEE) pela reciclagem dos fertilizantes orgânicos oriundos da produção animal na agricultura brasileira no escopo do Plano ABC.