Resíduos

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

 

Resíduos vegetais e dejetos de animais, como suínos, aves e bovinos de leite, podem ser tratados com sucesso em biodigestores, produzindo biogás e biofertilizante (subproduto do processo), que reduzem o poder poluente que o despejo in natura dos resíduos causa ao meio ambiente, sendo assim consideradas energias renováveis e sustentáveis.O biogás consiste em um gás natural resultante da fermentação anaeróbica de resíduos em condições de umidade adequada. Este é composto pelo gás metano (60-80% da mistura) e gás carbono (40-20% restante). Na composição do biogás há outros tipo de gases, mas em menores proporções.

A porcentagem de metano é responsável pela pureza do biogás, pois quanto maior o percentual deste gás, maior a pureza. O gás sulfídrico, também formado no processo de fermentação, é responsável pelo odor pútrido do gás. A proporção dos gases na mistura se modifica de acordo com o manejo aplicado.

O biofertilizante é um subproduto obtido a partir da fermentação anaeróbica (sem a presença de ar) de resíduos da lavoura ou dejetos de animais na produção de biogás. Sob forma líquida, o biofertilizante contém uma complexa composição de nutrientes essenciais às plantas (principalmente nitrogênio e fósforo), atuando como fertilizante e também como defensivo agrícola, erradicando pragas, doenças e insetos.

A aplicação do biofertilizante nas plantações favorece a multiplicação de micro-organismos, proporcionando saúde e vida ao solo. Além disso, os biofertilizantes deixam a terra mais porosa, permitindo maior penetração do ar nas camadas mais fundas até as raízes.

Mas a utilização de biofertilizantes deve ser controlada. Mesmo tendo inúmeras vantagens na sua utilização, o excesso de biofertilizante pode causar desequilíbrios químicos, físicos e biológicos, tornando o solo impróprio para o cultivo de certas espécies, da mesma maneira que os fertilizantes químicos.